Homens carregam caixões de três cristãos, mortos enquanto iam para uma igreja para um funeral, em Damasco, em 10 de setembro Foto: Khaled al-Hariri / Reuters
Os relatos sobre cristãos mortos ao redor do mundo por
causa de sua fé duplicaram em 2013, comparado com o ano anterior, com os
casos somente na Síria superando o total registrado em 2012, de acordo
com uma pesquisa anual.
O Portas Abertas, um grupo sem denominação que presta
apoio a cristãos perseguidos ao redor do mundo, disse nesta quarta-feita
ter documentado 2.123 homicídios de "mártires", comparado com 1.201 em
2012. Houve 1.213 mortes desse tipo somente na Síria no ano passado,
afirmou a entidade.
"Essa é uma contagem bastante mínima baseada no que foi
relatado na mídia e que podemos confirmar", disse Frans Veerman, diretor
de pesquisas para a Portas Abertas. Estimativas de outros grupos
cristãos colocam a contagem anual em 8 mil.
O Portas Abertas colocou a Coreia do Norte no topo de
sua lista de 50 países mais perigosos para cristãos, posição que o nação
asiática ocupa desde que a pesquisa anual começou a ser realizada há 12
anos. Somália, Síria, Iraque e Afeganistão vêm a seguir.
O grupo sediado nos Estados Unidos relatou um aumento da
violência contra cristãos na África e afirmou que muçulmanos radicais
foram a principal fonte de perseguição em 36 dos países que estão na
lista. "O extremismo islâmico é o pior perseguidor da Igreja mundial",
disse a entidade.
Cerca de 10 por cento dos sírios são cristãos. Muitos se
tornaram alvos de rebeldes islâmicos que os consideram apoiadores do
presidente Bashar al-Assad.
O relatório não traz dados sobre assassinatos na Coreia
do Norte, mas diz que lá os cristãos enfrentam "a mais alta pressão
imaginável" e que cerca de 50 mil a 70 mil vivem em campos para presos
políticos.
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