sábado, 3 de outubro de 2015

Bispos Africanos Denunciam “Campanhas Sujas” e “Nova Escravidão” Diante de Cúpula da ONU

NOVA IORQUE, EUA (C-Fam) Bispos africanos denunciaram “agentes da civilização da morte” numa mensagem forte preparada neste verão antes de os líderes mundiais adotarem um novo plano de desenvolvimento da ONU.

Numa “Declaração Comum dos Bispos da África e Madagáscar” publicada durante as negociações sobre as metas de desenvolvimento, os bispos exortaram os líderes africanos e seus parceiros de desenvolvimento global a “amar e servir a África em verdade!” — e criticaram a “decadência moral” dos países desenvolvidos.
Os bispos acusam a elite de desenvolvimento global de “comprar” políticos e autoridades da África para promover seus “interesses egoístas e pervertidos,” e exortaram os africanos a “não cederem à sedução tripla de prazer, dinheiro e poder!”
Eles especificamente mencionam iniciativas para eliminar proteções para crianças no útero, para doutrinar crianças desde cedo, a promoção da homossexualidade como normal e campanhas para reduzir a população da África mediante financiamento em massa de contraceptivos.
Os bilhões de dólares alocados para a produção e distribuição de camisinhas e contraceptivos e para o estabelecimento de programas de educação sexual que não respeitam as normas morais universais são um escândalo que clama aos céus por vingança, uma nova escravidão a serviço do ídolo “dinheiro.”
“Nós imploramos a vocês que terminem as campanhas sujas que promovem uma civilização de morte em nosso continente,” os bispos escreveram, chamando-as de um “ressurgimento apavorante de um espírito colonialista sob o pretexto dos nomes atraentes de liberdade, igualdade, direitos, autonomia, democratização e desenvolvimento.”
Essas iniciativas são uma “manipulação constante” que “seduz” tomadores de decisões na África. “Eles tiram vantagem da pobreza, fraqueza e ignorância a fim de sujeitar povos e governos às suas chantagens,” explicam os bispos.
A declaração também denuncia o fingimento de “parcerias” globais em que governos ricos que fazem doações e suas agências de desenvolvimento estão sujeitando a África a uma nova forma de colonização, mais uma vez se tornando “os mestres.”
O apelo central da declaração é forte:
Nós, pastores africanos, não queremos que os africanos sejam reduzidos a “parceiros servis.” Esse é um novo tipo de escravidão! Queremos que a dignidade de nosso povo seja respeitada. Não! A África não é um grande mercado potencial para a indústria farmacêutica de contraceptivos e camisinhas. Sim! A África é habitada por homens, mulheres e crianças dotados de uma dignidade transcendente e uma vocação magnifica e eterna. O povo africano tem uma missão insubstituível para a humanidade hoje. Deus os ama! Como declarou solenemente o Papa Bento 16, “Hoje a África é o pulmão espiritual da humanidade.” Agora que mais de 50 anos se passaram desde a descolonização de nossos territórios, não chegou a hora para que os povos africanos livremente se autodeterminem e ofereçam suas riquezas culturais específicas à humanidade?
Os bispos detalham como as instituições africanas estão “desde sua criação, sob o jugo de lobbys neocolonizadores.” Eles identificam o “lobby dos direitos reprodutivos transnacionais” como sendo os verdadeiros “autores” de tratados e acordos políticos pan-africanos obrigatórios e não obrigatórios que promovem o aborto, a contracepção, a educação sexual para adolescentes e homossexualidade.
“Com que direito [as organizações] ocidentais, que só representam seus próprios interesses ideológicos, afirmam amarrar legalmente os países africanos à sua visão de mundo?”, eles perguntam, chamando-as de “agentes da revolução sexual ocidental.”
Os bispos ecoaram o Papa Francisco sobre “forma de colonização ideológica que pretendem destruir a família.” Eles finalizam exortando os africanos a livrar-se do jugo desse novo colonialismo que “rouba os africanos de sua liberdade soberana e lhes trai a confiança!”
As novas Metas de Desenvolvimento Sustentável são o resultado de três anos de negociações na ONU. Duas metas, sobre saúde e igualdade de gênero, redirigirão verbas para organizações que promovem o aborto, sexualização precoce e homossexualidade.
Tradução: Julio Severo
Fonte: Friday Fax
Divulgação: www.juliosevero.com

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