Este centro científico internacional, cuja história já
ultrapassa 50 anos, estuda a física de núcleos atômicos utilizando para
isso os aceleradores de partículas elementares.
Afirma-se
que um dos projetos que pode servir na qualidade de plataforma da
cooperação científica é o Colisor de Íons Pesados NICA. Esta instalação
está por enquanto em fase de construção. Os cientistas esperam obter com
a sua ajuda a substância especial que existia logo nos primeiros
instantes da vida do Universo, - explica Nikolai Rusakovich,
representante do Instituto Unido de Pesquisas Nucleares.
“Este
colisor é a maior instalação básica futura do nosso instituto. A sua
construção é custeada por todos os países, que participam do seu
trabalho. É um projeto – piloto, por isso procuramos incorporar nele um
número possivelmente maior de países.”
Em Dubna
trabalham mensageiros de mais de vinte países. A América Latina está
representada por enquanto apenas por cientistas cubanos. Devido à
situação econômica precária, durante um certo lapso de tempo Havana não
mandava os seus cientistas para Dubna, nem pagava contribuições, -
revela Nikolai Rusakovich, - mas há pouco restabeleceu na integra a sua
participação.
“A personalidade-chave neste caso era o
filho de Fidel Castro, que também se chama Fidel. Ele é conselheiro do
governo de Cuba para a ciência. Há pouco o embaixador cubano na Rússia
Emilio Losada García organizou a visita de um grupo dos seus colegas
latino-americanos a Dubna. Todos os demais embaixadores revelaram um
interesse vivo. Convidamo-los a utilizar o canal cubano a fim de tomar
conhecimento mais próximo do instituto e, talvez, mandar aqui o seu
pessoal. Consideramos os especialistas dos países latino-americanos como
colaboradores potenciais do nosso instituto.”
A
reanimação da colaboração científica com os países da região tem também
um outro aspecto – eles podem chegar a ser consumidores dos produtos
russos que exigem a maior incorporação da ciência. Não se pode esquecer
mais um aspecto importante de contatos científicos, - diz o redator –
chefe da revista América Latina Vladimir Travkin:
“É o
mesmo que treinar estudantes estrangeiros nas nossas escolas superiores.
Na época soviética aí receberam instrução dezenas de milhares de
estudantes estrangeiros. E o resultado deste trabalho é evidente – temos
dezenas de milhares de amigos na América Latina, que resolvem direta ou
indiretamente muitas questões de maneira que beneficia a América Latina
e o nosso país. Por isso, o intercâmbio na esfera nuclear também pode
ser encarado a partir deste ponto de vista. Esta cooperação é uma parte
de processos positivos que revelam a unificação dos intelectos de
diversos países.”
O Instituto Unido de Pesquisas
Nucleares em Dubna é um dos maiores centros da ciência mundial. Foi
criado em 1956 na qualidade de uma organização internacional e
intergovernamental de pesquisas científicas destinada a unir os esforços
e o potencial científico e material dos Estados-membros a fim de
estudar as propriedades fundamentais da matéria.
Os
cientistas de Dubna foram os primeiros no mundo a sintetizar novos
elementos superpesados duradouros da tabela periódica de Mendeleev,
cujos números ordinários são 113, 114, 115, 116, 117 e 118. Estas
descobertas importantes coroaram os esforços de cientistas de diversos
países, empreendidos durante 35 anos, a fim de encontrar a “ilha da
estabilidade” dos núcleos superpesados.
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