Funeral de Mikhail Kalashnikov foi realizado em 23 de dezembro, em Moscou Foto: AP
Mikhail Kalashnikov, criador do lendário fuzil de assalto, escreveu uma carta ao chefe da Igreja ortodoxa russa antes de sua morte manifestando o temor de ser culpado pessoalmente pela perda de tantas vidas.
Em abril passado, Mikhail Kalashnikov, que faleceu em dezembro aos 94 anos, escreveu uma longa e emotiva carta ao patriarca da Igreja Ortodoxa russa Kirill, indicou nesta segunda-feira o Izvestia, um jornal partidário do Kremlin.
"Minha dor espiritual é insuportável. De vez em quando me faço a mesma pergunta que não posso responder: 'Se meu rifle terminou com a vida de tantas pessoas, pode ser que eu seja culpado por estas mortes, ainda que fossem inimigos?'".
A carta datilografada no papel pessoal de Kalashnikov e reproduzida pelo Izvestia foi assinada pelas mãos trêmulas do homem que se descreveu como "um servo de Deus, o designer Mikhail Kalashnikov".
Kalashnikov, cujo funeral contou com a presença do presidente Vladimir Putin, criou este fuzil de desenho simples após a grave carência de armas do Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial.
Atualmente, o fuzil de assalto AK-47 é fabricado massivamente sem licença em todo o mundo e se converteu na arma preferida dos movimentos insurgentes. Também é utilizado pelas crianças-soldados.
O secretário de imprensa do Patriarca, Alexander Volkov, declarou ao Izvestia que o chefe da Igreja ortodoxa russa recebeu esta carta e escreveu uma resposta pessoal. "A Igreja tem uma posição muito clara: quando as armas servem para proteger a pátria, a Igreja apoia tanto seus criadores quanto os soldados que as utilizam", disse Volkov. "Ele desenhou este fuzil para defender seu país, não para que os terroristas pudessem utilizá-lo na Arábia Saudita", acrescentou.
AFP - Todos os direitos reservados. Está proibido todo tipo de reprodução sem autorização.
Mikhail Kalashnikov, criador do lendário fuzil de assalto, escreveu uma carta ao chefe da Igreja ortodoxa russa antes de sua morte manifestando o temor de ser culpado pessoalmente pela perda de tantas vidas.
Em abril passado, Mikhail Kalashnikov, que faleceu em dezembro aos 94 anos, escreveu uma longa e emotiva carta ao patriarca da Igreja Ortodoxa russa Kirill, indicou nesta segunda-feira o Izvestia, um jornal partidário do Kremlin.
"Minha dor espiritual é insuportável. De vez em quando me faço a mesma pergunta que não posso responder: 'Se meu rifle terminou com a vida de tantas pessoas, pode ser que eu seja culpado por estas mortes, ainda que fossem inimigos?'".
A carta datilografada no papel pessoal de Kalashnikov e reproduzida pelo Izvestia foi assinada pelas mãos trêmulas do homem que se descreveu como "um servo de Deus, o designer Mikhail Kalashnikov".
Kalashnikov, cujo funeral contou com a presença do presidente Vladimir Putin, criou este fuzil de desenho simples após a grave carência de armas do Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial.
Atualmente, o fuzil de assalto AK-47 é fabricado massivamente sem licença em todo o mundo e se converteu na arma preferida dos movimentos insurgentes. Também é utilizado pelas crianças-soldados.
O secretário de imprensa do Patriarca, Alexander Volkov, declarou ao Izvestia que o chefe da Igreja ortodoxa russa recebeu esta carta e escreveu uma resposta pessoal. "A Igreja tem uma posição muito clara: quando as armas servem para proteger a pátria, a Igreja apoia tanto seus criadores quanto os soldados que as utilizam", disse Volkov. "Ele desenhou este fuzil para defender seu país, não para que os terroristas pudessem utilizá-lo na Arábia Saudita", acrescentou.
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