O presidente sírio Bashar al-Assad deu uma entrevista nesta segunda-feira (14) a emissoras de televisão e rádio russas e pediu que a Europa de fato lute contra o terrorismo, e não os financie, pois só assim o fluxo de refugiados do país para o continente europeu terá um fim.
Bashar al-Assad"A questão não é se a Europa recebe ou não os refugiados, mas o que é necessário para eliminar as causas fundamentais desse problema. Se os europeus se preocupam com o destino dos refugiados, então que deixem de apoiar os terroristas", declarou o presidente sírio às mídias russas, entre as quais a Sputnik e a Russia Today.
Leia abaixo trechos da entrevista do presidente sírio:
1. Devemos continuar o diálogo para atingir um consenso. Todavia, se queremos êxitos reais não é possível enquanto morrem pessoas, o derramamento de sangue continua e enquanto as pessoas não sentem uma plena segurança…Assim, podemos atingir um consenso mas não podemos realizar nada enquanto o terrorismo não for derrotado.
2. O assunto não é sobre a Europa que acolhe ou não acolhe refugiados, mas sobre a necessidade de liquidar as causas primeiras deste problema. Se os europeus se preocupam com o destino de refugiados devem parar de prestar apoio aos terroristas. Isto é a nossa opinião sobre o problema. É a essência do assunto dos refugiados.
3. Queria utilizar este nosso encontro para apelar a todas as forças para se unirem na luta contra o terrorismo. Pois, esse é o caminho para atingir os objetivos políticos colocados pelos sírios através do diálogo e de um processo político.
4. Se agora perguntamos a qualquer sírio o que é que quer agora, a primeira resposta será segurança e estabilidades para todos. Assim, nós, forças governamentais, bem como forças fora do governo, devemos nos consolidar perante as reivindicações do povo sírio.
5. Os curdos para nós são uma parte da sociedade síria. Não são alheios, moram nesta terra como os árabes, circassianos, armênios e muitos outros povos e confissões que pertencem à Síria por muitos séculos. Ninguém sabe quando alguns destes povos apareceram na região. Sem estes componentes [étnicos] a existência da sociedade monolítica na Síria não é possível.
A guerra civil na Síria se estende desde 2011 e já causou a morte de mais de 230 mil pessoas, segundo os dados da ONU. O governo sírio luta contra vários grupos terroristas, incluindo a Frente al-Nusra e o mais forte deles atualmente, o Estado Islâmico. No entanto, além de fornecer dinheiro e armas para eles, o Ocidente não considera o presidente da Síria, Bashar al-Assad, como um aliado na luta contra o grupo terrorista. Na verdade, quer derrubá-lo do cargo.
Do Portal Vermelho, com informações da Agência Sputnik e do Russia Today
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