quinta-feira, 9 de maio de 2013

REDUÇAO POPULACIONAL ILLUMINATI: Superbactéria resistente a antibióticos é encontrada em hospital no RS

 Até abril, ela foi encontrada em cinco pacientes. O Ministério da Saúde determinou medidas de segurança para hospitais de todo o país.

No Rio Grande do Sul, a preocupação é com uma superbactéria resistente aos antibióticos. Cinco casos já foram confirmados. O Ministério da Saúdedeterminou medidas de segurança para hospitais de todo o país.
A superbactéria surgiu no Hospital Conceição em setembro do ano passado, mas só agora os casos foram divulgados. Até abril, ela foi encontrada em cinco pacientes. Apenas um teve infecção, e já recebeu alta.
A bactéria encontrada no hospital pertence a um grupo que nunca tinha sido encontrado no país. Ela produz uma substância que impede a ação dos medicamentos, por isso, mesmo os antibióticos mais potentes não fazem efeito.
A superbactéria se desenvolve em pacientes submetidos a tratamentos com antibióticos potentes, mas que não eliminam todos os microorganismos. Aqueles que sobrevivem se tornam resistentes e se multiplicam.
“Essa capacidade de produção é uma informação genética que é transmissível entre as bactérias. É como se uma bactéria pudesse ensinar a outra a também produzir essa enzima e se tornar resistente a quase tudo”, ressalta o médico Luís Fernando Correia.
A bactéria NDM-1 apareceu pela primeira vez em Nova Deli, na Índia, em 2009. Seguiu para a Inglaterra, Estados Unidos e Canadá. Em 2012, novos casos foram notícia na Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai. Até chegar, no início deste ano, ao sul do Brasil.
“Em função da identificação desse tipo de bactéria no Brasil aquelas recomendações de rotina de controle de infecção têm que ser reforçadas em todo Brasil”, afirma o ministro da Saúde,Alexandre Padilha.
Segundos os médicos, a contaminação serve de alerta para o uso excessivo de antibióticos, dentro e fora de hospitais. “A prescrição não racional, inadequada, de antimicrobianos, também é um forte vetor para induzir a resistência bacteriana”, ressalta o professor de epidemologia Ricardo Kuchenbecker.
“A principal medida de controle hospitalar é lavar as mãos. Por incrível que pareça, esse ato simples é a maior barreira de transmissão de uma bactéria de um paciente para outro”, afirma Luís Fernando Correia.
O Grupo Hospitalar Conceição afirmou que adota práticas para o controle de infecção e que trabalha com a Anvisa no combate às bactérias resistentes.
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