O chefe da inteligência aérea israelita reconheceu que a presença da Rússia na Síria é um desafio. Em entrevista à agência de notícias Haaretz, dias antes do derrube do avião russo Il-20, Uri Oron, admitiu que a presença russa na Síria desafiava Israel, mas não prejudicava as suas actividades.
Fotografia: bbcbrasil
“A presença russa nos desafia: Temos que ser muito precisos. No entanto, isso não significa que as aeronaves apenas possam voar sobre Israel”, disse.
O militar também reconheceu que a presença russa na Síria é um dos factores cruciais que determina a situação na região. Oron acrescentou que, antes da intervenção russa, todos tinham certeza de que o grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e numa série de países) se espalharia por todo o país.
Por seu turno, o ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, diz que compreende as acusações de Moscovo sobre o envolvimento do país no incidente com o avião russo Il-20, no entanto, insistiu que a responsabilidade é dos militares sírios.
“Nós também expressamos as nossas condolências em relação à morte de 15 militares do Exército russo a bordo desse avião, derrubado pelos sírios.
Falei com o ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu. Naturalmente, podemos compreender a sua atitude nesse momento”, destacou. Ao mesmo tempo, o ministro concordou que foi uma casualidade trágica, mas o Exército do Presidente sírio, Bashar Assad “é responsável por isso.”
No entanto, noutra entrevista à estação de rádio Galei Tzahal, Lieberman sublinhou que Israel não tem nenhuma outra opção, senão continuar a realizar operações na Síria para lutar contra a presença militar do Irão na região e prevenir o fornecimento de ar-mas modernas ao Hezbollah no Líbano.
O ministro não comentou possíveis medidas que a Rússia vai tomar nos próximos dias.
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