terça-feira, 18 de setembro de 2018

Ideologia de gênero pode tornar pedofilia “normal”, alerta educadora

Damares Alves afirma que a escola está causando confusão na identidade das crianças.

Damares Alves. (Foto: Facebook / Damares Alves)

Médicos, psicólogos, cientistas e educadores se dividem quando o tema é “ideologia de gênero”. Depois da polêmica, no início deste ano, quando os psicólogos foram proibidos de tratar travestis e transexuais que buscam ajuda, muitas águas rolaram.

Logo em seguida, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (CREMESP) se posicionou contra as “ideologias” aplicadas nas escolas sem embasamento científico.

Na plenária que aconteceu no primeiro semestre, com o tema “Desenvolvimento Psicossexual da Criança e do Adolescente” algumas questões foram levantadas sobre saúde mental e ideologia de gênero.

Nas observações apresentadas por especialistas “é negligente, irresponsável e alienante consentir ou induzir as crianças a fazerem escolhas prematuras, já que são desprovidas de maturidade para tal”.

Para Damares Alves, advogada e educadora, vivemos uma “verdadeira guerra”. Em entrevista exclusiva ao Gospel Prime ela explica que de um lado está a ideologia de gênero e de outro a ideologia de Gênesis.
Identidades de gênero no Brasil

A assessora jurídica da Frente Parlamentar da Família, no Senado Federal, comentou que esteve na semana passada, em entrevista com o bispo Vitor Paulo, em Brasília. Durante a conversa, ela esclareceu que “os pais achavam que era só gay, lésbica, travesti, homossexual e bissexual” que existia como forma de identidade de gênero.

Mas, Damares informou que foram catalogadas setenta identidades de gênero, no Brasil. “E são as identidades mais estranhas possíveis, que a gente não consegue entender todas elas. E detalhe: as crianças estão conhecendo as setenta”, lamentou.

Segundo ela, a confusão na mente de crianças e adolescentes é tão grande que aumentou o número de suicídio nessa faixa etária e também os casos de depressão. “Estão confundindo essas crianças em suas identidades biológicas”, protesta.
Pansexualidade

“Estão dizendo para nossas crianças que elas podem ser pansexual […] pessoa que se relaciona com tudo e com todos”, esclarece.

Ela cita o caso de uma mulher nos Estados Unidos que “se apaixonou por uma árvore e está pedindo a permissão para casar com a árvore agora”, conta.

No Brasil “eles mostram como exemplo do mais famoso pansexual, o cantor de rock Serguei, aquele senhorzinho de idade já”, disse ao se referir ao vocalista carioca.

“Ele já deu várias entrevistas por aí falando que ele estava se relacionando com uma bicicleta. Isso é um pansexual”, esclarece.
Zoofilia

“Veja a minha preocupação: se o pansexual se apaixona por tudo e por todos, por trás de ‘tudo’ estão animais? Entenderam? Será que eles vão trocar alguns termos pra dizer que o sexo com animais é identidade de gênero?”, dispara.


“Quero dar um recado para o Brasil: o Canadá, em julho de 2016, já legalizou o sexo entre homens e animais […] então, daqui a pouco, zoofilia vai ser pansexualidade?”, questiona.
Pedofilia

A educadora também coloca em pauta se a pansexualidade também não vai abrir uma brecha para a pedofilia. “Atrás desse ‘todos’ estão as crianças? Será que se apaixonar por criança vai ser pansexualidade e pedofilia terá outro nome?”, interroga.

“Percebam que a ideologia de gênero é desastrosa e nós temos que fazer a resistência”, alerta. Ela revela que existe um projeto de lei no Senado que pretende transformar a homofobia em “crime de racismo”.
Enfrentando os projetos de lei

“Gay não é raça”, assegura. Damares explica que um pastor pode ser preso então, por crime de racismo, ao pregar o que está escrito na Bíblia sobre homossexualidade, caso um projeto desse seja aprovado.

O crime é “inafiançável e imprescritível”. Há também outra proposta de lei na Câmara para transformar a homofobia em “crime contra a humanidade”.

“Como se fosse crime de tortura, tipo o nazismo. Eles estão atuando de uma forma muito agressiva e nós vamos precisar ter a nossa bancada pra fazer o enfrentamento”, explica. “O Congresso Nacional ainda pode ser o lugar da resistência”, afirmou.
Pressão social sobre crianças e adolescentes

“Estão apresentando às crianças uma sopa de terminologias. A pansexualidade é uma delas. Mas estão dizendo também que a criança pode ser sissexual”, apresenta. Asissexualidade identifica as pessoas que aceitam o gênero de seu nascimento.

“Para quê tanta terminologia? É para confundir crianças. Homem é homem, mulher é mulher. Por que inventaram a tal da sissexualidade?”, questiona.

Damares explica que essa é uma forma de promover a ideologia de gênero. “Pesquisas estão revelando que adolescentes estão se autodeclarando transgênero, sem ser transgênero”, disse.

“É moda, tá todo mundo falando nisso […] a escola causou uma confusão na identidade e qual é o resultado disso? O número de crianças e adolescentes com depressão no Brasil é muito grande”, declara.
Diversidade sexual e ideologia de gênero

Segundo a educadora a diversidade sexual existe e isso fica claro através da existência dos gays, lésbicas, travestis e homossexuais. “Já a ideologia de gênero é algo mais complexo, é uma desconstrução de identidade”, explica.

“Se ninguém nasce homem ou mulher, então ninguém nasce gay ou lésbica. Veja a confusão […] a ideologia de gênero então traiu o movimento gay”, lembra.

Damares explica que, por muito tempo, eles afirmaram que “gay nasce gay” e que não era uma questão de comportamento, mas defendiam ser natureza genética. “E agora você escolhe o que quer ser? Logo, o próprio movimento gay começa a questionar essa ideologia de gênero”, pondera.
Guerra de todos nós

“Teremos que fazer uma contrarrevolução cultural. A ideologia de gênero já está enraizada no Brasil há mais de 30 anos”, incentiva. A assessora acredita que os pais terão que interferir mais na vida dos filhos e explicar tudo o que está acontecendo.

“Para minha surpresa, juízes da Vara da Infância afirmaram que a ideologia de gênero é uma modalidade de violência contra a criança”, revela.

“Que os pais abracem seus filhos e expliquem que são meninas ou meninos, porque Deus os fez assim. Que as mães comprem vestidos e saias para suas meninas. Me preocupa muito a neutralidade da roupa”, alerta.

“Vamos começar a reafirmar a feminilidade da menina e a masculinidade do menino. Todos nós temos que entrar nessa guerra”, sugere.

Ideólogos estão trazendo uma loucura para a vida de crianças e adolescentes. “Tenho feito desafios nas igrejas, para que as mulheres se vistam de forma mais feminina, pra que as meninas se inspirem nelas”, disse.

Ela conta que fala o mesmo para os homens e que esse incentivo tem dado certo. Crianças se espelham nos adultos. “É uma guerra do dia a dia, nas igrejas qualquer pessoa pode se envolver. Eu acredito que dá pra todo mundo se envolver nessa contrarrevolução cultural”, conclui.


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