Julio
Severo
O presidente da Turquia reescreveu a história ao
afirmar que exploradores muçulmanos, não Cristóvão Colombo, descobriram a
América.
Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia |
Recep Tayyip Erdogan, chefe do aliado da OTAN dos EUA,
disse em 15 de novembro que marinheiros islâmicos descobriram o Novo Mundo em 1178.
Ele disse: “Os muçulmanos descobriram a América em 1178, não Cristóvão Colombo.”
A Turquia é a única nação islâmica na OTAN.
Sua teoria — que é apoiada só por historiadores
islâmicos — veio à luz num discurso televisionado durante uma cúpula, realizada
em Istambul, de líderes muçulmanos da América Latina.
A cúpula teve o comparecimento de 76 líderes islâmicos
de 40 países. A América Latina foi representada pelo Brasil, Venezuela,
Argentina, Chile, México, Suriname, Uruguai, Paraguai, Nicarágua, Panamá, Colômbia,
Bolívia, República Dominicana, Guiana, Equador, Jamaica e Haiti.
Cúpula turca para a América Latina |
Erdogan trouxe à baila a suposta conexão num lance
para estabelecer uma longa história para criar ligações entre a Turquia e a América
Latina.
O principal tema da cúpula foi “Construindo Nossas
Tradições e Nosso Futuro.”
Aparentemente, a Turquia está mirando seu expansionismo
islâmico na América Latina, que não tem um número significativo de muçulmanos.
Aliás, com a ajuda da Turquia, os muçulmanos têm a intenção de criar uma
confederação islâmica internacional.
Numa conferência anterior apelidada de “Confederação
do Anticristo,” o xeique Yusuf al-Qaradawi, presidente da União Internacional
de Acadêmicos Muçulmanos (UIAM), anunciou na Turquia:
“Em nossa época, devemos estabelecer
o Califado por meio de vários estados que sejam governados pela xariá [lei
islâmica] e apoiado por ambos, os governantes e o povo na forma de uma
federação ou confederação e não como era no passado.”
O anúncio dele foi publicado em todo o mundo
muçulmano, inclusive na versão árabe da CNN. A UIAM representa o maior órgão de
acadêmicos muçulmanos do mundo.
Antes de sua cúpula de líderes muçulmanos da América
Latina, a Turquia organizou a reunião do Conselho Islâmico da Eurásia, focando
na expansão islâmica na Eurásia.
Entretanto, o expansionismo turco nunca esteve sob o
radar dos EUA e de um dos principais arquitetos da aliança dos EUA com grupos
terroristas islâmicos, Zbigniew Brzezinski. Ben Barrack disse:
“É evidente que Brzezinski tem uma
ideia fixa de que controlar a Eurásia é essencial para consolidar a dominação
dos EUA. Contudo, o que é bem claro é que ele não entende que a Turquia é o
país que vem buscando uma dominação eurasiana enquanto os países da OTAN
continuam a ver a Turquia como aliada.”
O foco de preocupação de Brzezinski é apenas a Rússia.
Para neutralizar a Rússia, por décadas ele ajudou Osama bin Laden e a al-Qaeda.
E hoje os EUA são apoiadores das duas principais fontes do terrorismo islâmico
no mundo: a Arábia Saudita e a Turquia.
Então, enquanto os EUA e sua OTAN estão focando na
Rússia como uma ameaça eurasiana, seu único aliado islâmico está expandindo sua
dominação islâmica na Eurásia.
Erdogan and Obama |
Não só na Eurásia, mas internacionalmente. A Turquia
também organizou a Cúpula de Líderes Africanos Muçulmanos, a Reunião dos
Muçulmanos Europeus, a Reunião dos Presidentes de Assuntos Religiosos dos
Bálcãs e a Reunião Mundial de Acadêmicos Islâmicos para Paz, Moderação e Bom
Senso. A Turquia está trabalhando duro para estabelecer uma confederação
islâmica.
O único aliado islâmico dos EUA na OTAN está, de
acordo com Robert E. Kaplan, reconstruindo o Império Otomano, com a ajuda das
intervenções militares dos EUA. Kaplan disse:
“Todas
essas intervenções militares dos Estados Unidos aconteceram em uma área que foi
parte do Império Otomano, e onde um regime secular foi substituído por um
islâmico.”
E durante o Império Otomano, a terra de Israel estava
sob controle islâmico por três séculos. Os cristãos também tiveram sua porção
de sofrimento sob esse império islâmico.
Cem anos atrás, a Turquia cometeu um dos piores genocídios
islâmicos contra os cristãos. Foi o genocídio
armênio, que nunca foi reconhecido por nações cristãs supostamente
grandes, inclusive os EUA, a Alemanha e o Brasil, que ao que tudo indica têm
medo de enfurecer seu aliado, cuja expansão islâmica no passado trouxe derramamento
de sangue.
Mesmo hoje, a Turquia está envolvida em derramamento
de sangue. De acordo com o WND,
“a Turquia tem apoiado os grupos jihadistas, cujos combatentes mais tarde se
transformaram em combatentes do ISIS,” que estão massacrando cristãos na Síria
e Iraque.
O WND também noticiou:
“A Turquia é agora talvez a maior base da al-Qaeda no mundo.”
O que os planos expansionistas da Turquia, especialmente
para a América Latina, trarão para os próximos anos?
Não sei. Mas em sua cúpula para a América Latina, a
Turquia prometeu que está “Construindo Nossas Tradições e Nosso Futuro.”
Se incluirmos as profecias da Bíblia, o quadro turco
fica muito mais sombrio.
De acordo com o WND,
teólogos, tanto cristãos quanto judeus, há muito tempo interpretam que os
exércitos anticristãos de Gogue e Magogue virão da terra da Turquia. Alguns desses
teólogos são: Hipólito de Roma (170–235), Moisés Ben Maimônides (também
conhecido como Rambam) (1135–1204), Nicolau de Lira (1270–1349), Martinho
Lutero (1483–1546), John Wesley (1703–1755) e Jonathan Edwards (1703–1758).
As interpretações deles sobre a Turquia estão à altura
do histórico e conduta dessa nação islâmica? Se sim, a Turquia vai querer ter
seu Império Otomano de novo? E vai querer invadir Israel para restabelecer sua
posse sobre a terra dos judeus?
As cartas do Apóstolo João no Livro do Apocalipse
foram dirigidas às sete igrejas na Ásia Menor — hoje Turquia. Outra importante
igreja cristã que desapareceu sob a Turquia islâmica é Santa Sofia, em Istambul
(ex-Constantinopla). Santa Sofia era a catedral cristã mais antiga e maior (de
537 a 1453) no mundo. De 1453 a 1931, a Turquia islâmica a usou como mesquita.
No entanto, se você pensou que essas tragédias cristãs
e o expansionismo islâmico turco são histórias do passado, pense de novo.
Depois
do ataque terrorista a Nova Iorque em 2001, o número de mesquitas nos EUA está
crescendo, e a Turquia, com a Arábia Saudita, é uma das nações
islâmicas que está se beneficiando do ataque terrorista.
O governo turco está construindo uma mega-mesquita de 100
milhões de dólares, o Centro de Cultura e Civilização Turco-Americana em Lanham,
Maryland, EUA. A Turquia, ou até mesmo a Arábia Saudita, permitiria que o
governo americano construísse uma mega-igreja cristã de 100 milhões de dólares
em suas terras?
O primeiro-ministro islamista da Turquia viajou aos
EUA para comparecer à cerimônia de fundação da mesquita em 2013. A Turquia
permitiria que um presidente dos EUA inaugurasse uma mega-igreja em sua nação?
Outra pergunta importante: Os muçulmanos descobriram a
América? Não existe evidência disso hoje. Mas se os EUA mantiverem seu aliado islâmico
livre para avançar, poderá ser impossível refutar as afirmações da Turquia no
futuro de que os muçulmanos conquistaram a América.
Hoje, a Turquia ajuda grupos terroristas islâmicos que
massacram cristãos no Oriente Médio, quer conquistar os EUA, a Eurásia e a
América Latina e está avançando impune, porque é um aliado da OTAN e dos EUA.
Evidentemente, a Turquia desempenhará um importante
papel islâmico no futuro sombrio que ameaçará os cristãos, os judeus, Israel, a
América Latina e o mundo.
Com informações do WorldNetDaily, DailyMail, Diyanet e GospelPrime.
Versão em inglês deste artigo: Rising Turkish Menace: U.S. and NATO Ally
Wants Islamic Advance in Latin America
Fonte:
www.juliosevero.com
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