atualizado às 20h33
O porta-voz do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, ao lado da transmissão de Julian Assange, refugiado na embaixada equatoriana de Londres Foto: AFP
O porta-voz do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, ao lado da transmissão de Julian Assange, refugiado na embaixada equatoriana de Londres
Foto: AFP
O site WikiLeaks publicou mais de 1,7 milhão de documentos diplomáticos americanos que datam dos anos 1970 e foram oficialmente liberados ao público, mas que continuam sendo de difícil acesso para o público, segundo seu fundador Julian Assange em uma mensagem de vídeo divulgada nesta segunda-feira.
Os novos documentos publicados, que abarcam o período entre 1973 e 1976, incluem cartas enviadas e recebidas pelo secretário de Estado americano da época, Henry Kissinger. Podem ser consultados no endereço wikileaks.org/plusd/.
Essas mensagens haviam sido oficialmente liberadas ao público pelo governo americano, indicou a jornalistas em Washington o polêmico fundador do site, Julian Assange, por meio de um vídeo divulgado ao vivo da embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou para evitar sua extradição para a Suécia em um caso de suposto estupro.
No entanto, esses dados só podiam ser acessados até agora por meio dos arquivos nacionais americanos e em um formato que não permite realizar buscas de palavras contidas nos documentos. "Os telegramas estavam ocultos em uma fronteira entre o secreto e a complexidade", disse Julian Assange, considerando que os arquivos podem voltar a ser classificados como confidenciais e bloqueados.
Assange desencadeou a ira dos Estados Unidos ao divulgar em 2010 centenas de milhares de documentos confidenciais sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão e mensagens diplomáticas confidenciais que causaram constrangimento para governos de todo o mundo.
Alguns documentos se referem, por exemplo, ao Vaticano, que minimizou os massacres cometidos pelo regime do ditador chileno Augusto Pinochet (1973-1990), após o golpe de 1973 e manifestou sua compreensão e tolerância diante do derramamento de sangue após o golpe de Estado no Chile.
Julian Assange se refugiou em junho na embaixada do Equador em Londres. O país sul-americano lhe concedeu asilo político, mas o Reino Unido pretende aplicar a ordem de detenção sueca.
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