atualizado às 23h23
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, voltou a defender, nesta quarta-feira, uma legislação mais severa para restringir as armas de fogo, três meses após o massacre de 20 crianças em uma escola primária de Connecticut.
Obama chegou no início da tarde a Denver, capital do Colorado, onde afirmou na Academia de Polícia local que "a cada dia de demora, as balas levam mais gente".
O presidente pediu aos americanos que apoiem sua campanha para que o Congresso aprove medidas de "sentido comum" que reduzam a violência derivada das armas de fogo.
"Vim hoje a Denver porque o Colorado constitui um modelo do que é possível" a nível nacional, disse Obama para os policiais.
Após o massacre do cinema de Aurora, onde um atirador matou 12 pessoas e feriu outras 70 em julho de 2012, o Colorado endureceu suas leis sobre a posse de armas, proibindo os carregadores com mais de 15 balas e reforçando a verificação dos antecedentes dos compradores.
"Não acredito que armas desenhadas para cenários de guerra tenham lugar em salas de cinema", disse Obama em Denver, dias após manifestar sua frustração com a atual disposição do Congresso em aprovar leis mais severas, após o impulso inicial provocado pelo massacre na escola primária de Newtown, em Connecticut.
"Há apenas um pouco mais de cem dias que (...) Newtown comoveu o país e incitou a fazer algo para proteger nossos filhos, mas a reflexão sobre isto é a seguinte: após estes cento e tantos dias as vítimas da violência devido às armas de fogo foram cem vezes mais" que as vítimas na escola de Newtown.
"Na próxima semana, cada senador terá a oportunidade de votar sobre se devemos ou não exigir uma rigorosa verificação dos antecedentes para qualquer pessoa que deseje adquirir uma arma. Não há razão para que não façamos isto, a menos que a política se interponha no caminho".
O Senado de Connecticut aprovou nesta quarta-feira, por 26 votos contra 10, uma dura legislação sobre a posse de fuzis de assalto, e a Câmara deve fazer o mesmo.
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