Programação desse ano quis enfatizar “diversidade” e “engajamento”
Johnny Hooker no Criança Esperança. (Foto: Divulgação)
Realizado neste final de semana, o Criança Esperança 2018 reuniu cerca de 30 “mobilizadores” e enfatizou o engajamento social, tendo como uma das pautas a defesa da “diversidade”. O que antigamente era uma maneira de arrecadar fundos para programas de apoio a crianças e adolescentes, transformou-se em uma série de discursos sobre temas como racismo, igualdade de gênero e refugiados.
Nas últimas semanas surgiram nas redes sociais pedidos de boicote ao programa por conta da participação do medíocre Johnny Hooker, cantor pernambucano que chamou Jesus de “travesti” e “bicha”.
Sua apresentação no sábado (18) foi ao lado do ator Silvero Pereira. Os dois artistas, sabidamente homossexuais, cantaram a música “Toda forma e amor”, de Lulu Santos. Fizeram, porém, uma alteração na letra original. Ao invés de “Eu sou teu homem/Você é minha mulher”, entoaram “Eu sou teu homem/Você sabe qual é”.
O figurino andrógeno dos dois também chamou atenção. Hooker usava uma roupa feminina e pereira dois brincos enormes com o nome do programa.
Em determinado momento da programação do sábado, a atriz global Dira Paes fez um discurso sobre as desigualdades do Brasil. Na sequência, a apresentadora Leandra Leal, disparou: “Estamos entre os 10 países mais desiguais do mundo. E a desigualdade econômica gera outras desigualdades: de escolaridade, de gênero, de oportunidade, de trabalho, de futuro”.
Entre as várias reações aos shows deste ano, era possível ver nas redes sociais a indignação de parte da população, que chamaram o Criança Esperança de “hipocrisia”. Muitos lembravam, por exemplo, que apresentadoras como Leandra Leal e Camila Pitanga no passado participaram de campanhas pela legalização do aborto no país.
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