As autoridades chinesas estão a estudar a hipótese de tornar obrigatória a instalação de chips RFID – chips de identificação por radiofrequência – nos automóveis que estão em circulação.
Os chips são colocados no para-brisas e na notícia do Wall Street Journal lê-se que o objetivo é monitorizar melhor o tráfego nas ruas, reduzir a poluição e ajudar a escolher os melhores percursos. Este sistema não permite o acesso à localização do carro a qualquer momento, como faz o GPS, mas há quem receie que venha a traduzir-se numa forma dissimulada de controlar os cidadãos e as dezenas de milhões de veículos nas estradas.
James Andrew Lewis, vice-presidente do Center for Strategic and International Studies, é um dos que acredita que esta pode ser mais uma forma de o governo monitorizar cidadãos. Por outro lado, o Ministério de Segurança Pública chinês acredita que a medida possa diminuir o tráfego e ajudar a identificar os casos de ataques terroristas com carros na China.
A partir de 2019 todos os carros terão, obrigatoriamente, este chip instalado de origem mas a partir de 1 de julho deste ano quem quiser pode já requerer a instalação gratuita do chip no seu automóvel atual.
A China é um dos países que mais controla os seus cidadãos. Nalgumas regiões há pontos de segurança que monitorizam as matrículas dos carros e o reconhecimento facial é algo já comum entre a população, seja por óculos inteligentes ou por câmaras especiais. O país tem o maior parque automóvel do mundo, vendendo quase 30 milhões de veículos por ano.
Será só na China?
Este não é o único caso ou país onde existe este tipo de controlo automóvel. O México também está a trabalhar na implementação de um sistema semelhante e em locais na África do Sul, no Dubai ou no Brasil já se utiliza a tecnologia RFID para pagamento de portagens, combustível e estacionamento. Desde 2012, que o governo brasileiro tenta tornar a instalação dos chips obrigatória mas o projeto ainda não avançou. Contudo, até 31 de dezembro de 2023, todos os automóveis do Brasil terão que utilizar uma nova chapa de matrícula com chip.
Fonte: Wall Street Journal
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