Pontífice criticou, em conversa com jornalistas, os que associam o Islã
ao terrorismo. Declaração repercutiu no mundo inteiro.
No avião que o levou de volta à Itália depois de uma visita de três dias à Turquia, o Papa conversou com jornalistas durante quase uma hora.
“O Alcorão é um livro de paz”. A declaração do Papa Francisco, durante a viagem de volta à Roma, repercutiu no mundo inteiro.
"Não se pode dizer que todos os islâmicos são terroristas, assim como não se pode dizer que todos os cristãos são fundamentalistas", completou o Papa.
Para ele, é preciso que os líderes islâmicos - sejam eles políticos, religiosos ou acadêmicos - condenem claramente o terrorismo. Uma condenação mundial, segundo o pontífice, ajudaria a maioria dos muçulmanos a se livrar das reações negativas que enfrentam em vários lugares do planeta.
Sobre o momento em que rezou na Mesquita Azul, disse que estava ali como um peregrino e que fez orações pela Turquia e pela paz. A viagem à Turquia foi um dos passos mais importantes que um líder da Igreja Católica romana deu na aproximação com os cristãos ortodoxos desde que eles se separaram no século XI.
O Papa também manifestou o desejo de se encontrar com o patriarca de Moscou. A Igreja Ortodoxa Russa é a que mantém as relações mais delicadas com o Vaticano.
O Papa Francisco declarou ainda que não acredita que a Síria possua armas químicas e afirmou que gostaria de viajar para o Iraque, mas reconhece que neste momento criaria um problema de segurança para as autoridades iraquianas.
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