O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante o conselho de ministros semanal em Jerusalém no dia 24 de janeiro de 2016
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou, neste domingo, que apoia "a qualquer momento" a colonização na Cisjordânia ocupada, ao responder alguns deputados da linha dura de sua coalizão que ameaçavam votar contra o governo.
"O governo apoia a qualquer momento a colonização, especialmente nestes últimos dias, quando sofremos ataques terroristas, mas que enfrentamos com determinação e coragem", disse Netanyahu no conselho de ministros semanal, segundo um comunicado de seu gabinete.
O premier fez as declarações depois que seu governo determinou a desocupação, na sexta-feira, de dois edifícios de Hebron, no sul da Cisjordânia, aos quais dezenas de israelenses afirmam possuir títulos de propriedade que, no entanto, não foram examinados de forma oficial.
Em resposta a esta evacuação, três deputados da coalizão de Netanyahu, favoráveis à colonização, ameaçaram votar contra as leis defendidas pelo Executivo no Parlamento.
Tal deserção ameaça a coligação do primeiro-ministro, que tem apenas maioria de um voto no Parlamento.
Na quinta-feira, dezenas de israelenses se instalaram nesses dois edifícios no centro histórico da cidade, que eles afirmam ter comprado. Sua chegada provocou confrontos com os palestinos, até que as casas ocupadas foram finalmente fechadas.
Em Hebron, vivem quase 500 colonos judeus sob forte proteção do exército israelense, em meio a uma população de 200 mil palestinos.
Esta é uma cidade sagrada para os judeus e para os muçulmanos, uma vez que nela fica o Túmulo dos Patriarcas, sagrado para as duas religiões.
Os dois edifícios estão próximos ao templo, que conta com uma sinagoga de um lado e uma mesquita do outro.
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