Robôs costumam ser muito rígidos ou muito flexíveis, porém nenhum extremo seria o ideal. O mais adequado seria que sua consistência pudesse alternar-se de acordo com o espaço disponível e o tipo de manipulação de objetos requerida por sua função.
Por isso, visto que já há pessoas trabalhando na possibilidade de alternação de consistência de materiais, os robôs poderão se parecer mais com o T-1000 — o robô transmorfo de “O Exterminador do Futuro 2” — do que com o T-800 Modelo 101 — o esqueleto metálico da mesma franquia cinematográfica — em um futuro próximo.
Um time do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussetts) está desenvolvendo um material “maleável” feito de espuma e cera que pode mudar sua consistência entre estados duros e flexíveis, quando aquecido. Uma grande vantagem é que o material não seria muito caro e até mesmo robôs de baixo custo poderiam usá-lo em sua estrutura.
Aplicações da invenção
O elemento é fruto de pesquisa da engenheira mecânica e especialista em matemática aplicada Professora Anette Hosoi, que trabalhou em conjunto com um time de estudantes e pesquisadores. Um de seus potenciais usos está na criação de robôs médicos que poderão mudar sua forma para navegar entre os órgãos internos, vasos e intestinos — locais delicados e de risco em intervenções cirúrgicas convencionais.
Outra possibilidade, segundo o MIT News, é a criação de autômatos que possam entrar em estruturas desabadas ou de acesso impossível ao ser humano a fim de localizarem sobreviventes de desastres, ajudar equipes de resgate ou auxiliar pesquisas.
O projeto está sendo desenvolvido com patrocínio da Boston Dynamics — empresa de engenharia especializada em robótica, pertencente à Google desde 2013 — e foi originalmente planejado para contribuir com um programa de “robôs químicos” com habilidades semelhantes às de um polvo para se comprimir e entrar em lugares pequenos.
Perspectivas
O desafio da engenharia era criar um material que pudesse realizar as duas funções e ainda exercer pressão o suficiente sobre objetos para impactá-los ou forçá-los a se mover, o que pediu a capacidade de alternar entre os estados mole e rígido.
Para realizar o “truque”, os robôs usam esse material em sua estrutura, para torná-los maleáveis, junto a fios embutidos. Não é metal líquido, como no caso do T-1000, mas os pesquisadores sugerem que a cera poderia ser substituída por uma estrutura mais forte como solda no futuro.
FONTE(S)
Via: http://www.tecmundo.com.br/robotica/
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