Depois se seguem raciocínios acerca do projeto global
HAARP que, como se supõe, teria sido criado para estudar o clima do
planeta, em particular, das auroras boreais e que, na realidade, se
presume ser uma arma climática e psicotrópica de elevada potência.
Há
pouco veio a lume mais uma “horrível” notícia sensacionalista - os EUA
teriam tentado alterar o clima na Sérvia, baixando a temperatura até o
nível do Ártico. Felizmente, a tentativa fracassou, tendo o frio passado
ainda pelo território dos EUA. A informação tem sido comentada pela
comunicação social da Sérvia ao ponto de não podermos ficar à margem do
assunto e decidirmos consultar peritos russos.
Na ótica
de Konstantin Sivkov, doutor em ciências militares, primeiro
vice-presidente da Academia de Problemas Geopolíticos e antigo oficial
da Marinha de Guerra, o tempo meteorológico pode ser suscetível à ação
do homem:
“Em princípio, é uma coisa perfeitamente
viável. Numa determinada região, se pode causar chuvas mediante o uso de
respectivas misturas e aerossóis. E, pelo contrário, na região de
Moscou e na capital russa, durante as festas populares, podemos fazer
com que “faça bom tempo” sem quaisquer problemas. Por isso, em zonas de
combates, tais medidas também podem ser aplicadas”.
Mas,
no plano estratégico, o HAARP não pode ser considerado uma arma, sendo
problemáticas eventuais previsões de seus efeitos sobre o clima em
geral. A essa luz, convém se interrogar de novo sobre a hipotética
tentativa de provocar baixas temperaturas na Sérvia e as suas
repercussões negativas nos EUA. O perito sustenta:
“Tal
medida é capaz de suscitar efeitos imprevistos. Se algum dia for
empreendida, poderá vir a afetar o tempo em grandes áreas, abrangendo um
continente inteiro ou uma boa metade do continente em questão. Assim,
os rumores de o HAARP ter sido apontado contra a Sérvia, são
completamente absurdos. A Sérvia não pode ser atingida pelo HAARP.
Tentar fazê-lo equivaleria disparar um canhão contra pardais”.
Segundo
os dados mais recentes, a realização do HAARP foi suspensa por não
estarem estabelecidas as consequências do seu emprego. A julgar por
tudo, as mudanças climáticas na Europa e nos EUA têm outros motivos.
Após uma catástrofe no Golfo do México, ocorrida há uns anos, se deram
algumas alterações sérias na corrente do Golfo. A enorme quantidade de
crude que se misturou com as águas oceânicas foi absorvida e conservada à
profundidade de algumas centenas de metros, razão pela qual se formou
uma espécie de tela ou tampão que veio perturbar a circulação das águas
nessa região. Em resultado disso, a corrente do Golfo se dividiu em duas
correntes. Uma, que é quente, circula no sul dos EUA e na zona do
Atlântico Central, e outra, fria, que se formando em cima faz circular a
água fria. É por esse motivo que vão surgindo temperaturas análogas às
da Yakútia e das regiões centrais e setentrionais da Rússia”.
Outro
perito, o meteorologista Alexander Golubev, chefe do Departamento de
Previsões a Curto Prazo e Calamidades, foi menos perentório nas suas
avaliações do problema:
“Teoricamente, seria possível
examinar qualquer hipótese. Mas na prática, para que tal possa
acontecer, precisaremos de uma avultada quantidade de energia. A
Humanidade não tem condições para fazer experiências do género e
alcançar êxitos. É arriscado brincar com a Natureza. Os fenómenos
perigosos que temos observado, de carácter meteorológico, hidrológico e
outros tantos, se devem à heterogeneidade atmosférica em movimento
permanente. Por isso, o principal objetivo dos serviços meteorológicos
mundiais consiste em fazer previsões de fenómenos, capazes de exercer
influência sobre a vida das pessoas, o panorama económico, a situação na
agricultura, etc.”
Por que é que, na altura em que a
OTAN estava bombardeando a Jugoslávia, no sudeste da Europa oriental se
estabeleceu um bom tempo com céu limpo? Peritos militares, entre os
quais Konstantin Sivkov, acreditam terem havido algumas manipulações do
tempo. Isto é, foi possível causar chuvas artificiais num determinado
território, por exemplo, durante a guerra no Vietnã, ou “assegurar” um
céu limpo, o que facilitou a pontaria de pilotos na investida aérea
contra a Jugoslávia... Alexander Golubev comenta:
“Sou
meteorologista praticante e posso avançar previsões para um prazo de
3-5-9 dias ou até de um mês. Neste contexto, posso dizer o seguinte:
quando se prevê um bom tempo, pode ser previsto para um período
prolongado. Normalmente, tem-se em vista um anticiclone num espaço
bastante grande. E não só no território da Sérvia. Às vezes, o
anticiclone vem abrangendo toda a Europa Ocidental, do Leste e a Rússia.
Por isso, falar de ações planejadas concretas seria, ao menos, ingênuo.
Na etapa atual de desenvolvimento tecnológico e científico tal ação
teria sido impossível de praticar”.
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