domingo, 1 de fevereiro de 2015

Nova Ordem Mundial - Uma questão de soberania

 

Por: Eduardo Bomfim *

Ao contrário do que diz a mídia hegemônica global a crise estrutural do capitalismo continua provocando colossal tsunami econômico, social e humanitário com graves reflexos em todas as nações do planeta.

Mesmo o Brics que vinham injetando oxigênio à esquálida realidade financeira internacional mostram sinais evidentes de refluxo econômico, inclusive a China com o “moderado crescimento” de 7,5% ao ano.

A crise da Nova Ordem Mundial, cuja hegemonia consolidou-se há 25 anos e impôs aos povos o draconiano receituário neoliberal econômico, militar, ideológico, social sob a proteção dos Estados Unidos como guarda pretoriana, está no seu auge muito embora seja certo afirmar que ainda não chegou ao fundo do poço porque as coisas continuam a se agravar de maneira galopante.

A lógica do capital não é a racional, é a lógica compulsiva do lucro especialmente do capital rentista que passou a determinar os rumos das finanças impondo ampla desregulamentação em escala planetária.

Quem vem regendo a orquestra ao longo desse tempo nefasto de crise civilizacional são as políticas neoliberais mesmo com a resistência dos BRICS, constituindo uma espécie de contrafluxo à Nova Ordem internacional, uma alternativa multilateral a outra realidade geopolítica, econômica, social.

O resultado das eleições gregas com a vitória de uma frente progressista contrária ao brutal arrocho imposto ao povo heleno pelo capital financeiro é fato Histórico que terá sem dúvida desdobramentos políticos na comunidade europeia.

Já a ofensiva do capital financeiro contra o Brics tem sido agressiva, utilizando-se inclusive da grande mídia, com o objetivo de fazer avançar a linha do rentismo, impor a política de rapina às suas riquezas.

No Brasil o que se urde, escamoteado por uma virulenta campanha de desinformação midiática, é a capitulação da nação à ortodoxia neoliberal, uma crise institucional no País.

Ciente que a política é a ação efetiva tendo em conta a análise concreta da realidade concreta, cabe ao governo Dilma e aliados assegurar a governabilidade vital, isolar a ofensiva do capital rentista, manter o leme no rumo do desenvolvimento, as conquistas sociais, trabalhistas, a emergência à cidadania de dezenas de milhões de brasileiros, a defesa da soberania nacional sob graves ameaças.
 
FONTE:
http://www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna_texto=6619&id_coluna=16
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