O aparelho tem o tamanho de um grão de arroz e serve tanto para usos medicinais, quanto para segurança
por Leiliane Roberta Lopes
A medicina está prestes a iniciar a implantação de um biochip que será capaz de controlar diabetes, ser usado como método contraceptivo e ainda para fazer exames dando um diagnóstico preciso e rápido até mesmo para casos de câncer.
O biochip é um dispositivo eletrônico do tamanho
de um grão de arroz chamado de “wearables” assim como acessórios
tecnológicos de uso pessoal como os óculos, relógio e pulseiras
fabricados por empresas como LG, Motorola e Samsung.
A diferença é
que este pequeno dispositivo será implantado dentro do organismo
humano. “Os biochips vão acelerar o diagnóstico das doenças, porque são
ultrasensíveis. Isso vai permitir exames de análises clínicas mais
rápidos e baratos”, diz Idagene Cestari, diretora de bioengenharia do
Instituto do Coração (Incor) em entrevista à Veja.
Através dessa
cápsula de vidro será possível, por exemplo, analisar substâncias como o
sangue para identificar se a pessoa está ou não doente.
Em casos
de diabetes o biochip poderá ser implantado para liberar a quantidade
ideal de insulina. Casos de pressão alta também poderão ser acompanhados
por este pequeno aparelho que promete revolucionar a medicina.
Idagene é uma entusiasta sobre o uso desse dispositivo. “Poderemos fazer uma medicina personalizada”, disse ele.
Uma
startup ligada ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) já
testou um biochip para evitar gravidez. Implantado sob a pele ou no
abdômen da mulher ele libera diariamente uma pequena dose de hormônio
contraceptivo. O aparelho pode ser usado por 16 anos, quando a mulher
desejar ter filhos, através de um controle remoto o médico ou a paciente
desativa o biochip e estará pronta para gerar.
No Brasil a
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) na área de
otorrinolaringologia tem testado o biochip para casos de surdez.
Implantado
no ouvido dos pacientes surdos, ou no tronco cerebral, o biochip libera
impulsos elétricos estimulando o nervo auditivo. Com esse procedimento
espera-se que cérebro interprete a informação e restaure a capacidade do
usuário reconhecer os sons, ainda que sejam “robóticos”.
Uso de biochips aumenta a cada dia
O
uso do biochips pode parecer novidades, mas há cerca de 300 mil pessoas
que já usam esses dispositivos no mundo todo. A Veriteq Corp,
fabricante de biochips nos Estados Unidos, já tem aval da Food and Drug
Administration (FDA) e já comercializada três modelos de dispositivos.
No
Brasil não há fabricantes desses dispositivos, mas alguns brasileiros
já estão usando para abrir carros e conectar computadores como é o caso
de Raphael Bastos, de 28 anos.
Morador de Belo Horizonte (MG) o
jovem conseguiu implantar um biochip que lhe permite destravar
computadores, passar por catracas, destrancar portas e ligar o carro
apenas encostando a mão esquerda em um leitor.
Bastos conseguiu
adquirir um biochip através da loja Dangerous Things, um site
especializado em comercializar esses dispositivos. Com 99 dólares é
possível comprar o aparelho e ainda seringas especiais e bisturis que
devem ser usados para a implantação do produto.
FONTE:
http://noticias.gospelprime.com.br/300-mil-pessoas-implantaram-biochips/
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