Documento divulgado no Japão afirma que as crescentes emissões de gases do efeito estufa ampliam o risco de conflitos, fome, enchentes e migrações em massa e diz que efeitos das mudanças climáticas já podem ser sentidos.
A segunda parte do quinto relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), da ONU, alerta governos de todo o mundo sobre os perigos práticos que as mudanças climáticas podem ter sobre as vidas das pessoas.
O documento, aprovado por unanimidade por mais de cem países e divulgado nesta segunda-feira (31/03) em Yokohama, no Japão, afirma que as crescentes emissões de gases do efeito estufa ampliam o risco de conflitos, fome, enchentes e migrações em massa.
"O aumento da magnitude do aquecimento eleva a probabilidade de impactos graves, penetrantes e irreversíveis", diz o relatório. O texto utilizou como base mais de 12 mil estudos científicos e foi classificado como um dos "mais completos da história" pelo secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, Michel Jarraud.
O informe ainda alerta que o impacto dessas mudanças não será sentido igualmente em todo o mundo, resultando num aumento da desigualdade entre ricos e pobres, saudáveis e doentes, jovens e velhos, e homens e mulheres.
Segundo o documento, alguns lugares terão água demais, enquanto outros terão pouco acesso à água potável. Outros riscos mencionados são referentes ao preço e à disponibilidade de alimentos, às doenças e até mesmo à paz mundial.
Apelo para a ação
O relatório é explícito ao afirmar que os efeitos das mudanças climáticas já podem ser sentidos pelas pessoas e percebidos no meio ambiente. Esses efeitos serão ainda maiores se nada for feito para evitar o aquecimento global.
"Antes apenas podíamos supor que algumas alterações tivessem uma relação com as mudanças climáticas, mas agora há acontecimentos sobre os quais podemos afirmar que foram causados pelo clima. Por exemplo, a seca na Austrália", afirma Jarraud. "Já que não há nenhuma dúvida de que o clima está mudando", apontou, sublinhando que "95% dessas mudanças se devem à ação humana".
O documento diz que desastres do século 21 como as ondas de calor na Europa, os incêndios florestais nos Estados Unidos, as secas na Austrália e as enchentes na Ásia apenas destacam o quão vulnerável a humanidade é a extremas condições climáticas. "É um apelo para agirmos", afirma o presidente do IPCC, Rajendra Pachauri. Segundo ele, se os governos mundo afora não reduzirem suas emissões de carbono, o impacto do aquecimento global pode ficar "fora de controle".
Alerta global
Parte do informe desta segunda-feira, porém, discute o que pode ser feito para tentar amenizar os efeitos do problema. Entre as soluções propostas estão a redução da poluição, a adaptação às mudanças climáticas e o planejamento sustentável.
O documento ainda recomenda a redução do desperdício de água, a construção de parques arborizados para aliviar o calor em grandes cidades, e a prevenção do assentamento de pessoas em lugares expostos a condições climáticas extremas.
O relatório é o primeiro do IPCC a ser divulgado desde 2007, quando um forte documento foi publicado, causando uma onda de ações políticas que indicavam um possível acordo global sobre o tema em Copenhagen em 2009.
No entanto, nações presentes na conferência da Dinamarca falharam em chegar a um consenso sobre o tema. A expectativa agora se volta para a Conferência do Clima de 2015, quando um novo tratado internacional nos moldes do Protocolo de Kyoto, criado em 1997 e extinto em 2012, deve ser assinado.
A segunda parte do quinto relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), da ONU, alerta governos de todo o mundo sobre os perigos práticos que as mudanças climáticas podem ter sobre as vidas das pessoas.
O documento, aprovado por unanimidade por mais de cem países e divulgado nesta segunda-feira (31/03) em Yokohama, no Japão, afirma que as crescentes emissões de gases do efeito estufa ampliam o risco de conflitos, fome, enchentes e migrações em massa.
"O aumento da magnitude do aquecimento eleva a probabilidade de impactos graves, penetrantes e irreversíveis", diz o relatório. O texto utilizou como base mais de 12 mil estudos científicos e foi classificado como um dos "mais completos da história" pelo secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, Michel Jarraud.
O informe ainda alerta que o impacto dessas mudanças não será sentido igualmente em todo o mundo, resultando num aumento da desigualdade entre ricos e pobres, saudáveis e doentes, jovens e velhos, e homens e mulheres.
Segundo o documento, alguns lugares terão água demais, enquanto outros terão pouco acesso à água potável. Outros riscos mencionados são referentes ao preço e à disponibilidade de alimentos, às doenças e até mesmo à paz mundial.
Apelo para a ação
O relatório é explícito ao afirmar que os efeitos das mudanças climáticas já podem ser sentidos pelas pessoas e percebidos no meio ambiente. Esses efeitos serão ainda maiores se nada for feito para evitar o aquecimento global.
"Antes apenas podíamos supor que algumas alterações tivessem uma relação com as mudanças climáticas, mas agora há acontecimentos sobre os quais podemos afirmar que foram causados pelo clima. Por exemplo, a seca na Austrália", afirma Jarraud. "Já que não há nenhuma dúvida de que o clima está mudando", apontou, sublinhando que "95% dessas mudanças se devem à ação humana".
O documento diz que desastres do século 21 como as ondas de calor na Europa, os incêndios florestais nos Estados Unidos, as secas na Austrália e as enchentes na Ásia apenas destacam o quão vulnerável a humanidade é a extremas condições climáticas. "É um apelo para agirmos", afirma o presidente do IPCC, Rajendra Pachauri. Segundo ele, se os governos mundo afora não reduzirem suas emissões de carbono, o impacto do aquecimento global pode ficar "fora de controle".
Alerta global
Parte do informe desta segunda-feira, porém, discute o que pode ser feito para tentar amenizar os efeitos do problema. Entre as soluções propostas estão a redução da poluição, a adaptação às mudanças climáticas e o planejamento sustentável.
O documento ainda recomenda a redução do desperdício de água, a construção de parques arborizados para aliviar o calor em grandes cidades, e a prevenção do assentamento de pessoas em lugares expostos a condições climáticas extremas.
O relatório é o primeiro do IPCC a ser divulgado desde 2007, quando um forte documento foi publicado, causando uma onda de ações políticas que indicavam um possível acordo global sobre o tema em Copenhagen em 2009.
No entanto, nações presentes na conferência da Dinamarca falharam em chegar a um consenso sobre o tema. A expectativa agora se volta para a Conferência do Clima de 2015, quando um novo tratado internacional nos moldes do Protocolo de Kyoto, criado em 1997 e extinto em 2012, deve ser assinado.
Deutsche Welle
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