A
escravidão moderna, uma violação "atroz" dos direitos humanos que ainda
afeta 21 milhões de pessoas ao redor do mundo, denunciou nesta
segunda-feira a ONU por causa do Dia Internacional para a Abolição da
Escravidão.
"É vital acabar com a escravidão moderna e a servidão
que afeta os mais pobres e os mais excluídos socialmente, incluídos aí
os imigrantes, as mulheres, as minorias e os indígenas", disse hoje o
secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
Ban destacou os importantes progressos feitos no último
ano, já que vários países atuaram para combater a escravidão através de
legislações nacionais mais contundentes e uma maior coordenação de
esforços.
"Mais e mais empresas estão trabalhando para garantir
que suas atividades não causem ou contribuam para formas contemporâneas
de escravidão nos centros de trabalho e suas cadeias de produção",
acrescentou Ban.
Por último, cobrou que os Estados-membros que ainda não o
fizeram ratifiquem a Convenção suplementar sobre a abolição da
escravidão, o tráfico de escravos e as práticas análogas à escravidão.
"Mais de 20 milhões de pessoas são vítimas da escravidão
moderna e enfrentam sofrimentos diários que jamais poderemos imaginar",
disse o presidente da Assembleia Geral da ONU, John Ashe.
Para o diplomata, da mesma forma que ocorreu com seus
antepassados históricos, as formas de escravidão que se dão hoje são uma
violação das garantias fundamentais dos grupos mais vulneráveis.
E lembrou que o tráfico humano, a exploração sexual, o
trabalho infantil, o recrutamento de crianças em conflitos armados e o
casamento forçado são "as piores formas de escravidão moderna".
A cada ano, centenas de milhares de homens, mulheres e
crianças são raptados por redes internacionais de crime organizado e
vendidos em outro país, lembrou a ONU por causa do Dia Internacional
para a Abolição da Escravidão.
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