Se tratou do míssil supersônico de cruzeiro BrahMos de
fabrico russo-indiano e do míssil da classe “terra-ar” Akash,
desenvolvido pela própria Índia. No início de maio foram testados com
sucesso o míssil interceptor de altitude Prithvi Air Defence, capaz de
destruir mísseis balísticos inimigos a altitudes espaciais e o novo
míssil de longo alcance Astra da classe “ar-ar”.
Os
mísseis Astra permitem à Índia se tornar num dos líderes no fabrico
dessa poderosa arma para a força aérea, pois apenas a Rússia, os EUA, a
França e a China têm capacidade para produzir sozinhos mísseis
aeronáuticos que possam atingir alvos “para além dos limites de
visibilidade” (beyond-visual-range, BVR).
Os êxitos dos
especialistas da Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa
(DRDO) retiraram algum brilho aos êxitos dos seus colegas da Organização
Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO). Contudo, a sonda marciana indiana
Mangalyaan já percorreu, em 5 meses de voo, metade do caminho até ao
Planeta Vermelho.
No dia 24 de setembro do corrente ano,
a Índia poderá se tornar na primeira potência asiática a chegar a
Marte. Até agora apenas a Rússia, os EUA e a Agência Espacial Europeia
(ESA) realizam estudos de Marte. As tentativas da China e do Japão de
enviarem sondas espaciais a Marte ainda não tiveram êxito.
Ao
planejar sua missão a Marte, os especialistas indianos usaram um método
bastante original. Depois de atingir a órbita da Terra, a sonda
Mangalyaan usou a gravidade terrestre como uma espécie de funda ou
fisga, que ajudou a lançar o aparelho em direção a Marte. Esse método
permitiu-lhe economizar uma quantidade considerável de combustível.
O
cientista da NASA Bruce Jakosky, que é o diretor científico do projeto
da sonda orbital marciana Maven, elogiou a originalidade dos
especialistas indianos.
“Até ao momento estou muito
impressionado com a missão indiana. Eles colocaram (a sonda Mangalyaan)
na órbita terrestre e usaram uma série de pequenos impulsos de seus
jatos para aumentar a altitude. Eles usaram o último impulso para se
libertarem da gravidade terrestre e usar o efeito de funda em direção a
Marte. Eu penso que foi uma forma muito inteligente de o fazer”.
É
notável que todo o projeto Mangalyaan custou à Índia cerca de 73
milhões de dólares. Por comparação, o programa análogo norte-americano
Maven custa 671 milhões.
A missão principal da expedição
Mangalyaan é desvendar um dos mistérios mais importantes: a existência
de condições para a vida em Marte. Isso pode ser nomeadamente comprovado
pelos vestígios de metano. Além disso, a sonda indiana irá cartografar a
superfície de Marte e estudar as características climáticas do planeta.
O
programa espacial indiano teve início em 1962, quando foi criada a
Organização Indiana de Pesquisa Espacial. O primeiro satélite artificial
indiano foi lançado em 1975 a partir de território da União Soviética.
Em 2008 a sonda lunar indiana Chandrayaan-1 detectou indícios da
presença de água na Lua. Em 2016 a Índia planeja lançar em direção à Lua
a sonda automática Chandrayaan-2 com um jipe lunar a bordo.
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