O
governo do México reiterou neste domingo sua "categórica condenação à
violação da privacidade das comunicações de instituições e cidadãos
mexicanos", em relação aos novos vazamentos de informação sobre uma
suposta espionagem por parte da Agência de Segurança Nacional (NSA, na
sigla em inglês) dos Estados Unidos.
"Esta prática é inaceitável, ilegítima e contrária ao
direito mexicano e ao direito internacional", assinalou o governo
através de um comunicado da Secretaria de Relações Exteriores (SRE).
O texto indicou que o presidente dos EUA, Barack Obama,
se comprometeu em seu mais recente encontro com seu colega mexicano,
Enrique Peña Nieto, a realizar uma investigação exaustiva sobre a
suposta espionagem.
Esse mesmo compromisso foi confirmado pelo secretário de
Estado dos EUA, John Kerry, durante uma reunião de trabalho
recentemente com o secretário de Relações Exteriores mexicano, José
Antonio Meade, acrescentou a Chancelaria.
De acordo com o comunicado, na operação denominada
"Flatliquid", a NSA "explorou com sucesso" um servidor de correio
eletrônico para obter acesso ao que parece ser o e-mail de Calderón e ao
domínio mexicano usado também por membros do gabinete para comunicações
diplomáticas e econômicas.
A NSA indicou em declaração divulgada neste domingo que
os EUA recolhem o mesmo tipo de informação de inteligência no exterior
que qualquer outro país.
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