O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusou nesta sábado os Estados Unidos de buscarem "uma guerra geral" no mundo árabe e islâmico para depois, ou de modo "paralelo", fazer o mesmo na América Latina, e de quebra atenuar sua crise através da venda de armas.

"Faço um apelo ao povo sírio (...), ao povo libanês que está sendo objeto de ataques terroristas, ao povo árabe: os Estados Unidos estão decididos a fazer uma guerra geral contra o mundo árabe, contra o mundo islâmico para controlá-los e, além disso, para sair da crise produzir mais armas, porque os Estados Unidos saem das crises produzindo armas", disse Maduro em um pronunciamento pela televisão.

Maduro rotulou de "equivocados" os que acreditam que uma guerra especialmente no mundo árabe "não vai afetar a América Latina".

O presidente venezuelano revelou que alertou seu colega colombiano, Juan Manuel Santos, sobre isso, porque em um e outro país, disse, "há quem sonhe com uma guerra entre Colômbia e Venezuela".

Maduro acrescentou que os EUA invadiram o Iraque e participaram do ataque militar à Líbia baseando-se "em mentiras" e sustentou que o mesmo está acontecendo agora com a Síria, nação "às portas da guerra", uma vez que seu Governo está sendo acusado, "sem uma prova", ressaltou, de usar armas químicas.

"Estamos a ponto do início de uma guerra aberta contra a Síria e a Síria não vai ficar de braços cruzados, e nós não vamos abandonar o povo sírio", disse Maduro.

O presidente venezuelano pediu "ao povo árabe para se levantar em sua consciência e evitar uma guerra", advertindo que no caso de seu país civis e militares estão preparados "para garantir a soberania e o caráter sagrado desta terra".
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