O gigante da internet, Google, anunciou esta terça-feira ter solicitado a uma corte especial americana que conhece casos de segurança nacional, permissão para divulgar uma série de solicitações de informações que recebeu. "Hoje pedimos à corte de vigilância de inteligência externa que nos permita publicar a soma de solicitações de segurança nacional", disse um porta-voz do site de buscas em um comunicado.

O Google informou que atualmente já publica informação sobre pedidos de dados por parte de agências de segurança em seu "relatório de transparência". "No entanto, é necessária maior transparência", razão pela qual pediu permissão para publicar as solicitações de segurança nacional e, em separado, os pedidos feitos sob o amparo da Lei de Controle e Inteligência sobre Estrangeiros (FISA).
"Agrupar as solicitações de segurança nacional com as solicitações criminais - como tem sido permitido a algumas companhias - seria um retrocesso para nossos usuários", acrescentou o porta-voz. O pedido chega em meio a fortes protestos, após se informar que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) teve acesso a grandes quantidades de informação no âmbito de um programa de vigilância que está sob a supervisão desta corte especial.
O Google disse esperar que a corte emitisse uma sentença, permitindo a publicação de "estatísticas limitadas" dos pedidos de informação. "A reputação e os negócios do Google têm sido afetados por relatórios falsos e enganosos nos meios de comunicação e os usuários do Google estão preocupados com estas alegações", sustenta a petição.
A companhia acrescentou que estava pedindo à corte que afirmasse o "direito" do Google no âmbito da Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos a publicar a informação.
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