Pelo menos cinco pessoas - quatro idosos e uma criança - morreram nesta quarta-feira por conta do tsunami que foi originado após um terremoto de 8 graus na escala Richter e destruiu várias aldeias nas Ilhas Salomão, no Pacífico Sul.
O forte sismo foi registrado à 0h12 local (23h12 de Brasília), a cinco quilômetros de profundidade no mar na província de Santa Cruz, no sudeste das Ilhas Salomão, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
O tsunami, com ondas de 90 centímetros, destruiu três aldeias próximas a Lata, a capital provincial, que foi a área mais atingida pela catástrofe natural.
O diretor do setor de enfermaria do hospital de Lata, Augustine Bilve, confirmou os cinco mortos à emissora neozelandesa TVNZ e acrescentou que o centro médico está atendendo vários feridos.
A mesma rede de televisão indicou que algumas informações indicam que há um número indeterminado de desaparecidos e que os serviços médicos locais se encontram na região para ajudar as vítimas.
Antes, o comissário de Polícia das Ilhas Salomão, John Lansley, dissera que o tsunami destruiu pelo menos três aldeias e danificou parte da pista do aeroporto de Lata, o que afetaria a chegada de ajuda humanitária.
Pouco após o terremoto, o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico emitiu um alarme de ondas gigantes para a região, mas horas depois cancelou o aviso. A Nova Zelândia, no entanto, ainda não retirou o alerta em parte do litoral da Ilha do Norte.
O terremoto ocorreu a 347 quilômetros da cidade de Kira Kira, nas Ilhas Salomão, e foi seguido de várias réplicas de até 6,6 graus. Desde terça-feira, essa região sofreu pelo menos dez sismos, com magnitudes entre 4,9 e 6,2 graus.
Em 2007, um terremoto de 8,1 graus causou 52 mortes nas Ilhas Salomão, formadas por cerca de 1 mil ilhas e com uma população de 523 mil pessoas.
O arquipélago fica sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma área de grande atividade sísmica e vulcânica atingida por cerca de sete mil tremores todos os anos.
Vizinhos
Várias ilhas do Pacífico Sul reagiram com medo, como foi o caso de Kiribati, onde os moradores deixaram suas casas e procuraram abrigo no estádio local, situado na parte alta da ilha, segundo a TVNZ.
Em Suva, a capital de Fiji, houve engarrafamentos por conta da movimentação de aldeões que se dirigiam às zonas altas da cidade.
Apesar de o alerta de onda gigante ter sido cancelado, foi registrado um inofensivo tsunami de 11 centímetros em Vanuatu - que agora se dirige a Papua Nova Guiné - e outro de 50 centímetros na Nova Caledônia. O Japão calcula que parte da sua costa receberá hoje o impacto de outro tsunami de 20 centímetros.
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