Segundo o periódico, o avião tem uma grande semelhança com o MQ-9 Reaper, de fabricação americana, apesar de, quanto ao tamanho, se assemelhar mais ao MQ-1 Predator. O novo UAV espião chinês pesa 1,1 tonelada, mede 9 m de comprimento e 14 m de largura, pode ser usado para operações militares e civis, consegue chegar a uma altitude de 5.300 metros e tem um alcance de 4.000 quilômetros.
Um analista chinês em assuntos de defesa citado pelo South China Morning Post, Wong Dong, considera que o novo drone pode ter "muito êxito" no mercado internacional de armas por seu preço de menos de US$ 1 milhão cada. "À medida que o Wing Loong pode levar dois mísseis ar-terra, além de outras características dos UAV, como o tamanho pequeno e o fato de ser mais silencioso, dúzias de países, sobretudo os do terceiro mundo, terão um grande interesse em comprá-los", afirmou Wong.
Além de novo drone, espera-se que a China apresente na feira uma réplica de seu segundo caça, denominado J-31 e que se parece com o modelo F-35 americano. No evento, também serão exibidos vários foguetes de longo alcance capazes de atacar alvos em um raio de 400 quilômetros.
A China anunciou em setembro que desenvolverá o uso de drones para a vigilância de suas águas territoriais, em um momento de tensões com países vizinhos como Japão, Filipinas e Vietnã pela soberania de vários arquipélagos. O objetivo de Pequim é conseguir monitorar todo o seu litoral com o auxílio dessas aeronaves por volta de 2015.
tg/id
O incidente, descrito pela Rádio Israel como o primeiro engajamento direto das forças armadas sírias no Golã desde a guerra de 1973, destacou o temor internacional de que a guerra civil da Síria possa provocar um conflito regional maior.
Uma fonte de segurança israelense disse que a força armada disparou na direção de uma equipe de morteiro do exército sírio, que havia lançado um foguete que ultrapassou a barreira de Golã no domingo, explodindo perto de um assentamento judaico, sem provocar feridos.
Em um comunicado, o exército israelense disse que os soldados haviam "disparados tiros de advertência na direção das regiões sírias".
"O IDF (Força de Defesa de Israel) fez uma reclamação junto às forças da ONU operando na região, declarando que os tiros vindo da Síria em direção a Israel não serão tolerados e terão resposta dura", segundo comunicado.
Não houve um comentário imediato da Força Observadora do Desengajamento das Nações Unidas, que patrulha a área.
A disseminação da violência neste mês, da Síria para o Golã, mexeu com os nervos dos israelenses, temerosos de que o front tranquilo aumentasse as ameaças ao Estado judeu de militantes islâmicos nos vizinhos Líbano, Gaza e Sinai do Egito.
Há temores similares na Turquia, Jordânia e Líbano sobre incidentes em suas próprias fronteiras com a Síria, onde forças leais ao presidente Bashar al-Assad vêm combatendo rebeldes há 19 meses.
(Por Dan Williams)
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11/11/2012 - 05h01Haitianos enfrentam inundações e desabastecimento pós-Sandy
RENATO MACHADO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE PORTO PRÍNCIPE
Mesmo sem estar na rota direta do Sandy --que acabou atingindo a Costa Leste dos EUA, incluindo Nova York, que sofre até hoje as suas consequências--, o Haiti foi outra vez o país mais prejudicado do Caribe pela passagem de um furacão pela região.
As chuvas e ventos fortes deixaram um total de 54 mortos e destruíram parte da já precária infraestrutura local. E mesmo agora, duas semanas após o furacão, os haitianos ainda enfrentam inundações, além de desabastecimento e do risco de cólera.O Sandy seguiu uma rota no Caribe passando por Jamaica, Cuba e Bahamas --antes de seguir para os Estados Unidos. Mas o furacão de categoria 2 também provocou chuvas fortes durante três dias no Haiti. Como o país tem milhares de pessoas vivendo à beira de encostas ou junto ao mar e aos rios, as tempestades causaram um forte impacto na população.Thony Belizaire/AFP Pacientes com cólera aguardam atendimento em clínica da ONG Médicos Sem Fronteiras, em Delmas (Haiti) "Nosso problema não eram os ventos. Nosso grande problema foram as chuvas fortes que atingiram diversos lugares do país, provocando inundações e destruição da infraestrutura e das plantações. Há ainda hoje algumas comunidades que estão inundadas", disse Joseph Edgar Celestin, do Escritório de Proteção Civil do Haiti.O número de mortos em decorrência do furacão deve aumentar nos próximos dias, uma vez que 21 pessoas continuam desaparecidas. O governo decretou estado de emergência por um mês.As fortes chuvas e inundações também danificaram dezenas de trechos de rodovias e chegaram a provocar quedas de pontes. Também houve problemas em hospitais, e cem escolas continuam fechadas por terem sido danificadas. A falta de aulas é ainda agravada porque muitas delas foram transformadas em abrigos de emergência para pessoas que moravam em situação de risco.ABRIGOSA Folha esteve anteontem na comunidade de Croix de Bouquet, que havia sido uma das mais atingidas pelas inundações na região de Porto Príncipe. Com o fim das chuvas, a vida começou a voltar ao normal, com ruas já limpas e movimentadas.No entanto, é possível ver casas vazias e com rachaduras e alguns campos de deslocados --onde pessoas que perderam suas casas no terremoto passaram a viver em tendas-- estão menores, pois muitas famílias ainda estão nos abrigos de emergência.Além dos prejuízos de infraestrutura, o governo haitiano e os organismos internacionais também solicitam ajuda estrangeira porque praticamente toda a colheita agrícola foi perdida.E isso acontece em um momento em que o Haiti explodia em protestos de norte a sul do país, em razão da alta dos preços dos alimentos."Pode não haver produção de alimentos até março, devido à combinação desses dois furacões. O Isaac atingiu todas as plantações do norte há alguns meses. E agora o Sandy destrói as plantações no sul, em um período de colheita. Isso tudo pode aumentar a instabilidade política", afirmou Johan Peleman, chefe do escritório da Ocha (Escritório da Organização das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários).Peleman disse que o Haiti necessita, em um primeiro momento, de US$ 39 milhões para atender a questões envolvendo abrigos de emergência, moradia, saúde e alimentação. O governo haitiano e organismos internacionais lançaram na semana passada um apelo aos países para levantar esses recursos."Há também o problema da água e do saneamento, e é por isso que receamos um pico de cólera", disse Périclès Jean-Baptiste, porta-voz da Cruz Vermelha haitiana. A doença é uma grande preocupação no país, porque já vitimou 7.400 pessoas desde o terremoto de 2010.Para piorar, 61 centros de tratamento de cólera foram destruídos ou danificados com a passagem do Sandy.FONTE:http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1183859-haitianos-enfrentam-inundacoes-e-desabastecimento-pos-sandy.shtml
11/11/2012 - 11h58Vaticano promete combater casamento gay após vitória nos EUA
DA REUTERS, NA CIDADE DO VATICANO
O Vaticano publicou neste fim de semana dois editoriais com críticas severas à aprovação do casamento gay em alguns Estados americanos e do envio do projeto de lei sobre o tema na França.Nos textos, a Igreja Católica prometeu nunca parar de lutar contra as tentativas de "apagar" o papel privilegiado do casamento heterossexual, que descreveu como sendo "uma conquista da civilização"."Está claro que nos países ocidentais há uma tendência disseminada de modificar a visão clássica do casamento entre um homem e uma mulher, apagando seu reconhecimento legal específico e privilegiado em comparação a outras formas de união", disse o porta-voz Federico Lombardi, em editorial na rádio Vaticano.Na terça, eleitores de Maryland, Maine e Washington aprovaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo no mesmo dia da eleição presidencial que reelegeu o presidente Barack Obama, que é favorável ao matrimônio homossexual.No dia seguinte, o governo da França enviou ao Parlamento projeto de lei pedindo a aprovação do casamento gay, uma das promessas de François Hollande quando concorria à Presidência do país.No discurso opinativo, Lombardi descreveu os votos obtido nas duas votações como míopes, afirmando que "a lógica deles não pode ter uma percepção de longo alcance pelo bem comum".Ele disse ser "conhecimento público" que o "casamento monogâmico entre um homem e uma mulher é uma conquista da civilização".FONTE:http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1183934-vaticano-promete-combater-casamento-gay-apos-vitoria-nos-eua.shtml
03/11/2012 - 04h30Cientistas mapeiam variações genéticas entre a população mundial
DO "GUARDIAN"
Cientistas publicaram a totalidade da sequência genética de mais de mil pessoas de 14 países, criando o inventário mais completo das milhões de variações presentes entre as sequências de DNA dessas pessoas.O banco de dados do "Projeto dos 1.000 Genomas" poderá esclarecer as origens genéticas de doenças complexas e sugerir modos de tratá-las, além de ajudar em estudos da evolução humana.Os resultados do projeto foram publicados nesta quinta (01) na "Nature", e contêm a sequência completa do DNA de 1.092 pessoas de regiões como a Europa, as Américas, o Leste Asiático e a África. Os resultados-pilotos do projeto foram publicados em 2010.O projeto durou cinco anos e custou por volta de US$ 120 milhões. Foi uma colaboração internacional entre cientistas, investidores e empresas para mapear a diversidade do DNA humano. Os cientistas aproveitaram o aumento da velocidade e a redução dos custos das máquinas sequenciadoras de DNA para realizar o trabalho.O primeiro genoma humano, divulgado em 2003, demorou mais de uma década para ser sequenciado. Mas o "Projeto dos 1000 Genomas" completou o grosso do sequenciamento em menos de um ano. Hoje em dia, um genoma pode ser inteiramente sequenciado em apenas alguns dias.Agora, as informações disponíveis contêm 99% de todas as variantes genéticas presentes no grupo estudado, até as variações raras, que só ocorrem em um a cada cem indivíduos. "Chegamos a um ponto em que as pessoas estão sendo sequenciadas em condições clínicas. O objetivo desse recurso é navegar pelas variantes encontradas em um indivíduo e interpretá-las" diz o professor Gil McVean, da Universidade de Oxford, um dos autores líderes do estudo.A informação será estudada por milhares de pesquisadores, que vão interpretar as variações de DNA entre pessoas para tentar descobrir quais causam doenças. Além das sequências de DNA, o "Projeto dos 1.000 Genomas" também guardou amostras de células das pessoas estudadas, para permitir que futuros projetos científicos analisem o efeito biológico das variações de DNA.O projeto demonstrou que algumas das mais raras variantes de DNA tendem a concentrar-se em regiões geográficas restritas. "Na Europa, pensamos que somos todos similares", disse McVean. "Mas se observarmos as variantes mais raras --as presentes em 0,1% no mundo-- e encontrarmos duas cópias dessas mutações, elas estarão quase sempre no mesmo país. Nessa classificação, o que for encontrado no Reino Unido é diferente do encontrado na Itália e diferente do encontrado na Finlândia".As variantes raras são mutações que tendem a fazer coisas ruins aos genes --evitam que o gene que codifica uma proteína funcione, alterando sua sequência, ou afetam o modo como é regulado. "Essas mutações raras, que têm os efeitos mais fortes, são as que tendem a ser mais geograficamente restritas" disse McVean. "Essa é uma descoberta que documentamos pela primeira vez com esse trabalho".Uma técnica de associação do genoma completo foi usada em outros trabalhos para catalogar as diferenças no DNA humano. Os cientistas procuraram em amostras de DNA de milhares de pacientes uma determinada doença e compararam sua sequência com amostras de voluntários saudáveis do grupo de controle, observando diferenças genéticas em cada amostra. Isso deu dicas de variações encontradas no transtorno bipolar, doença de Crohn, doenças cardíacas, diabetes tipo 1 e tipo 2, artrite reumatoide e pressão alta.Em setembro, cientistas publicaram os resultados do "Encode Project", que sequenciou as partes do genoma humano que estão fora dos 2% de genes que codificam proteínas. Essas regiões eram antes consideradas como "DNA-lixo". O foco da pesquisa de genes, na maior parte das vezes, é olhar os erros nos próprios genes. Os resultados combinados do "Encode", do "Projeto dos 1.000 Genomas" e de outros estudos, no entanto, ajudarão a guiar a busca por problemas que residem em outras partes do nosso DNA.A próxima fase do "Projeto dos 1.000 Genomas" será finalizada quando os cientistas sequenciarem o DNA de mais 1.500 pessoas. "A solução, com 2.500 [genomas], não é aprofundar-se nas regiões existentes, mas aumentar as partes do mundo em que podemos atingir esse nível de cobertura" disse McVean."No momento, falta incluir algumas regiões. Nas informações que temos até agora, não há nada do subcontinente indiano e isso é algo que precisamos consertar. Muitas das amostras da próxima fase são de lá. Também precisamos recolher mais amostras da África, região que vamos cobrir"."É incrível que fomos do primeiro sequenciamento de um genoma em 2003 até poder sequenciar mais de mil genomas humanos para um só estudo em 2012. Esse estudo é uma importante contribuição para nosso entendimento da variação genética na saúde e nas doenças. As sequências de DNA estão disponíveis para análise e uso dos pesquisadores" disse Sir Mark Walport, diretor do "Wellcome Trust", que fundou parte do estudo.FONTE:http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8680897625680790416#editor/target=post;postID=6659061254968688728
09/11/2012 - 04h57Estudo aumenta precisão ao simular clima
SALVADOR NOGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Pesquisadores americanos acabam de achar um meio de determinar quais modelos da mudança climática parecem ser os mais precisos. E a má notícia: os melhores são os que predizem modificações mais drásticas no clima para as próximas décadas.O segredo do trabalho, conduzido por John Fasullo e Kevin Trenberth, do Centro Nacional Para Pesquisa Atmosférica em Boulder, Colorado, foi se concentrar naquilo que se podia ver -no caso, a umidade relativa em regiões subtropicais- para compreender o que é muito mais difícil de medir: a dinâmica das nuvens.As nuvens são um dos elementos-chave na interpretação do fenômeno do aquecimento global. Isso porque elas têm um efeito duplo.Por um lado, por serem claras, elas refletem a luz solar para o espaço, resultando em resfriamento. Por outro, o vapor d'água nelas é um poderoso gás do efeito estufa, podendo gerar aquecimento.Os modelos de computador têm dificuldade em lidar com as nuvens e seu papel na evolução do clima.Gabo Morales/Folhapress Nuvem cobre céu na zona oeste de São Paulo INCERTEZA, EM TERMOSJá é possível simular, ao menos em parte, o efeito delas, e existe um consenso mais ou menos claro de que a soma de tudo que elas fazem resulta em suave resfriamento. Entretanto, ainda há muita incerteza sobre o que isso significa para o futuro.Tal incerteza é o grande mal a afetar a ciência do aquecimento global. Os detratores costumam apontá-la como a prova de que o medo da mudança climática é muito mais um movimento ideológico do que uma conclusão científica inescapável.Ao que tudo indica, porém, a incerteza diz respeito ao nível de aquecimento para as próximas décadas, mas não ao fenômeno em si.Alguns modelos sugerem que, nos próximos cem anos, veremos um aumento da temperatura média da ordem de 4,5 graus Celsius. Já os mais modestos preveem que tudo não passará de uma variação de 1,5 grau Celsius.Foi aí que entrou em cena o lampejo de Fasullo e Trenberth. Como é difícil observar diretamente as propriedades das nuvens e compará-las com o que os modelos oferecem, eles decidiram estudar a umidade relativa do ar, sobretudo nas regiões subtropicais, em geral mais secas.A vantagem é que dados de umidade relativa são obtidos com confiança a partir de satélites, de forma que é possível contrastar as previsões dos modelos para o presente com observações reais.Também há forte correlação entre a umidade relativa e o processo de formação de nuvens, de forma que, a partir de um, é possível inferir o efeito de outro.O chato é que os modelos que parecem estar mais corretos são justamente aqueles que preveem mudanças mais fortes, da ordem de 4,5º C.A questão das nuvens, porém, não é a única fonte de incertezas. "Esse trabalho é só uma das peças do quebra-cabeças da sensibilidade climática", afirma Karen Shell, da Universidade Estadual do Oregon (EUA), que comentou a pesquisa na mesma edição da revista "Science" na qual os resultados saíram.FONTE:http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1182688-estudo-aumenta-precisao-ao-simular-clima.shtml
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