28 de novembro de 2012 • 15h27
BRUXELAS, 28 Nov 2012 (AFP) - A Autoridade Europeia de Segurança
Alimentar (Efsa), uma agência da União Europeia, rejeitou definitivamente nesta
quarta-feira as conclusões de um relatório polêmico do professor francês
Gilles-Eric Séralini segundo o qual o milho transgênico NK 603 e o herbicida
Roundup, do grupo Monsanto, são tóxicos. "As conclusões do estudo (...)
não se apoiam com dados", declarou a Efsa em sua avaliação final do artigo
publicado em 19 de setembro passado na revista "Food and Chemical
Toxicology", e que relançou a polêmica sobre a suposta toxicidade dos
transgênicos. "As importantes omissões na concepção e metodologia" do
estudo "implicam que as normas científicas aceitáveis não foram
respeitadas e, consequentemente, não está justificado voltar a examinar as
avaliações prévias sobre a segurança do milho geneticamente modificado
NK603", destacou a Efsa em um comunicado. A agência europeia explicou que
suas conclusões são o resultado de avaliações distintas e independentes
realizadas por seus especialistas e por seis membros da UE, entre eles
Alemanha, França e Itália.
A recusa da Efsa não é uma surpresa e em sua
primeira avaliação os especialistas da agência consideraram que o estudo tinha
omissões que impediam considerar boas suas conclusões. O organismo de pesquisa
sobre os tansgênicos do professor Séralini (Criigen) criticou a Efsa, por sua
vez, denunciando sua "má fé". A agência europeia enumera as omissões
que os especialistas dos seis estados membros identificaram na metodologia do
estudo, entre elas objetivos de estudo pouco claros, o número pouco elevado de
ratos utilizados em cada grupo de tratamento, falta de detalhes sobre a
alimentação e o tratamento dos animais ou ausência de dados estatísticos chave.
A publicação, em setembro, do informe, ilustrado com fotos de ratos com tumores
grandes como bolas de pingue-pongue e que assegura que os ratos alimentados com
milho transgênico sofrem de câncer e morrem antes, causou alarme social e
relançou a polêmica sobre os transgêncicos. O estudo foi realizado por uma
equipe da Universidade de Caen (noroeste da França), que alimentou durante dois
anos duzentos ratos de três formas distintas: exclusivamente com milho
transgênico NK603, com milho transgênico NK603 tratado com Roundup (o herbicida
mais usado do mundo) e com milho não modificado geneticamente tratado com
Roundup. No entanto, a Efsa já emitiu dúvidas sobre o estudo em sua primeira
avaliação no começo de outubro e pediu informação suplementar ao seu autor.
Poucas semanas depois, duas comissões científicas francesas, o Alto Conselho de
Biotecnologia e a Agência de Segurança, também rejeitaram o estudo criticando
seus métodos "inadequados". Na Europa é permitido o cultivo de dois
transgênicos, a batata Amflora do grupo alemão Basf, que por enquanto é um
fracasso comercial, e o milho MON810 da Monsanto, que pediu para renovar sua
autorização. A recusa do estudo de Séralini pode agora abrir o caminho para que
a Comissão Europeia autorize o cultivo na UE de sete transgênicos (seis
variedades de milho, inclusive o MON810, e o um tipo de soja) e a
comercialização de outros cinquenta produtos destinados à alimentação animal e
humana. jri/aje/abk/mvv/dm
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- FONTE:
- http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6338625-EI294,00-UE+rejeita+relatorio+que+aponta+toxicidade+de+transgenicos.html
- UE rejeita relatório que aponta toxicidade de transgênicosAFPA Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (Efsa), uma agência da União Europeia, rejeitou definitivamente nesta quarta-feira as conclusões de um relatório polêmico do professor francês Gilles-Eric Séralini segundo o qual o milho transgênico NK 603 e o herbicida Roundup, do grupo Monsanto, são tóxicos."As conclusões do estudo (...) não se apoiam com dados", declarou a Efsa em sua avaliação final do artigo publicado em 19 de setembro passado na revista "Food and Chemical Toxicology", e que relançou a polêmica sobre a suposta toxicidade dos transgênicos."As importantes omissões na concepção e metodologia" do estudo "implicam que as normas científicas aceitáveis não foram respeitadas e, consequentemente, não está justificado voltar a examinar as avaliações prévias sobre a segurança do milho geneticamente modificado NK603", destacou a Efsa em um comunicado.A agência europeia explicou que suas conclusões são o resultado de avaliações distintas e independentes realizadas por seus especialistas e por seis membros da UE, entre eles Alemanha, França e Itália.A recusa da Efsa não é uma surpresa e em sua primeira avaliação os especialistas da agência consideraram que o estudo tinha omissões que impediam considerar boas suas conclusões.O organismo de pesquisa sobre os tansgênicos do professor Séralini (Criigen) criticou a Efsa, por sua vez, denunciando sua "má fé".A agência europeia enumera as omissões que os especialistas dos seis estados membros identificaram na metodologia do estudo, entre elas objetivos de estudo pouco claros, o número pouco elevado de ratos utilizados em cada grupo de tratamento, falta de detalhes sobre a alimentação e o tratamento dos animais ou ausência de dados estatísticos chave.A publicação, em setembro, do informe, ilustrado com fotos de ratos com tumores grandes como bolas de pingue-pongue e que assegura que os ratos alimentados com milho transgênico sofrem de câncer e morrem antes, causou alarme social e relançou a polêmica sobre os transgêncicos.O estudo foi realizado por uma equipe da Universidade de Caen (noroeste da França), que alimentou durante dois anos duzentos ratos de três formas distintas: exclusivamente com milho transgênico NK603, com milho transgênico NK603 tratado com Roundup (o herbicida mais usado do mundo) e com milho não modificado geneticamente tratado com Roundup.No entanto, a Efsa já emitiu dúvidas sobre o estudo em sua primeira avaliação no começo de outubro e pediu informação suplementar ao seu autor.Poucas semanas depois, duas comissões científicas francesas, o Alto Conselho de Biotecnologia e a Agência de Segurança, também rejeitaram o estudo criticando seus métodos "inadequados".Na Europa é permitido o cultivo de dois transgênicos, a batata Amflora do grupo alemão Basf, que por enquanto é um fracasso comercial, e o milho MON810 da Monsanto, que pediu para renovar sua autorização.A recusa do estudo de Séralini pode agora abrir o caminho para que a Comissão Europeia autorize o cultivo na UE de sete transgênicos (seis variedades de milho, inclusive o MON810, e o um tipo de soja) e a comercialização de outros cinquenta produtos destinados à alimentação animal e humana.jri/aje/abk/mvv/dmFONTE:http://www.istoe.com.br/noticias/257304_UE+REJEITA+RELATORIO+QUE+APONTA+TOXICIDADE+DE+TRANSGENICOS/1
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