Nikki Haley foi nomeada pelo presidente Donald Trump como embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU) em janeiro de 2017. Desde então, a evangélica de origem indiana tem se tornado uma das principais vozes em defesa de Israel na entidade global, e por isso foi premiada recentemente.
Nikki é ex-governadora da Carolina do Sul e foi apontada pela revista Time como uma das “100 Pessoas Mais Influentes do mundo” em 2016. Seu crescimento na política e sua atuação conservadora a credenciou para o cargo na ONU no mandato de Trump. Nesta semana, ela recebeu o prêmio “Defensor de Israel” da Cúpula dos Cristãos Unidos por Israel.
Durante a cerimônia realizada na última segunda-feira, 23 de julho, em Washington, DC, Nikki Haley falou um pouco sobre seu trabalho como embaixadora na ONU, e destacou que a entidade é o centro de negociatas políticas que sempre visam prejudicar Israel, descrevendo o ambiente como “o epicentro global do antissemitismo”.
“Há momentos em que [a ONU] pode ser uma força do bem”, ponderou a embaixadora, antes de acrescentar que a entidade “também pode ser um lugar extremamente frustrante e bizarro”, e uma prova disso “é o modo terrível como vem tratando Israel por décadas”.
Ciente disso, o presidente Trump ordenou uma mudança de postura dos EUA em relação aos assuntos tratados na ONU, opondo-se à orientação adotada na época em que Barack Obama era presidente.
“A mudança vem pela liderança dos Estados Unidos. Isso ficou muito claro quando o presidente tomou a decisão corajosa e correta de transferir a embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém”, resumiu Nikki Haley. “Historicamente, Jerusalém tem sido a capital de Israel e sempre será”, acrescentou.
Desde que assumiu o posto, há aproximadamente um ano e meio, a embaixadora conseguiu barrar algumas resoluções que prejudicavam Israel e outras que terminavam por favorecer o grupo terrorista palestino Hamás ao ignorar o extremismo de suas ações. Agora, as tratativas caminham no sentido de que a ONU finalmente o declare um grupo criminoso.
Farsa
Uma das ações mais drásticas do mandato de Donald Trump em relação à ONU teve NIkki Haley como protagonista, quando o país abandonou o Conselho de Direitos Humanos da entidade. O assunto também foi abordado durante seu discurso na premiação criada pelo pastor John Hagee.
“O Conselho de Direitos Humanos é uma farsa. Nós dissemos que há sérias violações aos Direitos Humanos na Venezuela, no Irã – onde estão protestando contra o seu regime – na Nicarágua, e não se faz nada a respeito”, afirmou a embaixadora, citando os dois casos mais chamativos que ocorrem na América Latina e um dos antigos inimigos políticos dos EUA no Oriente Médio.
“É muito importante apresentar a verdade e a realidade na ONU, mesmo que isso incomode outros países”, sublinhou, fazendo referência ao fato de que o papel dos EUA exerce muita influência pela potência econômica e militar que são.
Ao final, a embaixadora explicou que sua motivação na atuação em busca de justiça na ONU e nos assuntos relacionados a Israel vai além de orientação política, e envolve sua fé em Jesus: “Eu não sou judia nem venho de uma família cristã. Vinte anos atrás, minha jornada de fé me trouxe ao cristianismo”, explicou.
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