domingo, 22 de janeiro de 2017

IMPRENSA CONTROLADA: Morte de Teori Zavascki alimenta teorias da conspiração



A morte do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki num acidente de avião em Paraty (RJ), nesta quinta-feira (19), movimentou as redes sociais com teorias da conspiração.

A linha de pensamento que prepondera: Zavascki é relator da Lava Jato, operação que transferiu dos círculos do poder para a cadeia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a Marcelo Odebrecht. Seria, portanto, natural que quisessem tirá-lo do caminho.

Como sintetiza o músico Lobão no Twitter: "APAGARAM O TEORI!".

Reprodução 



Lobão, músico

As causas que levaram à queda do monomotor ainda não foram apuradas. Personalidades de todos os espectros políticos, contudo, sugerem que pode haver algo de criminoso por trás do acidente.

"Tem que investigar a queda do avião, sim! Queremos investigação transparente, feita por equipe formada por membros de vários órgãos", tuitou Janaina Paschoal, coautora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff.


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Janaina Paschoal, autora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff

Na mesma publicação, ela replica antigo post atribuído a Francisco Prehn Zavascki, filho do ministro. A mensagem –publicada nas redes sociais e depois deletada– sugere que Francisco temia pelos Zavasckis.

Às 23h06 de 26 de maio de 2016 ele escreveu, segundo publicou na época o "Estado de S. Paulo": "É óbvio que há movimentos dos mais variados tipos para frear a Lava Jato. Penso que é até infantil imaginar que não há, isto é, que criminosos do pior tipo (conforme o Ministério Público Federal afirma) simplesmente resolveram se submeter à lei! Acredito que a Lei a as instituições vão vencer. Porém, alerto: se algo acontecer com alguém da minha família, vocês já sabem onde procurar...! Fica o recado!".

Um dos principais investigadores da operação da Polícia Federal, o delegado Marcio Adriano Anselmo foi outro a pedir investigação "a fundo" sobre a fatalidade "na véspera da homologação da colaboração premiada da Odebrecht". Ele destacou a palavra "acidente" entre aspas.

Em conversas privadas, o ex-presidente petista Lula reforçou a necessidade de investigar o caso, segundo a Folha apurou. O vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) seguiu a mesma toada: "É importante que as causas do acidente sejam apuradas".

'É UM CARA FECHADO'

Um diálogo divulgado em maio entre o então ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, também deu combustível aos conspiradores virtuais.

Dizia Machado, em trecho que à época foi interpretado como uma tentativa de estancar a sangria política desatada pela Lava Jato: "Um caminho é buscar alguém que tem ligação com o Teori, mas parece que não tem".

"Não tem", rebate Jucá. "É um cara fechado, foi ela [Dilma] que botou, um cara... Burocrata da... Ex-ministro do STJ [Supremo Tribunal de Justiça]."

O perfil da Dilma Bolada, paródia da ex-presidente administrada pelo publicitário Jeferson Monteiro, foi um dos que republicaram uma matéria da Folha que terminava com este trecho.

Outro ponto que atiçou o batalhão virtual: se Teori desagradava, quem assumirá a relatoria da Lava Jato? A vaga do ministro no Supremo, assim como o cargo de relator, poderão ficar com um ministro a ser indicado pelo presidente Michel Temer.

Seu partido, o PMDB, tem vários integrantes implicados na Lava Jato. O próprio Temer foi envolvido em esquemas de corrupção por delatores, embora nenhum inquérito tenha sido aberto contra ele até hoje.

As redes sociais evocaram outras mortes envolvendo políticos e desastres aéreos, sempre em momentos cruciais da história. Os nomes do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e do ex-presidente da Câmara Ulysses Guimarães passaram horas entre os tópicos mais populares do Twitter.

Campos (PSB) morreu após seu jato cair em Santos (SP), em 2014. Ele disputava a Presidência da República e estava em terceiro lugar nas pesquisas, atrás de Dilma (PT) e Aécio Neves (PSDB).

Já Ulysses (PMDB), um dos ícones da redemocratização do Brasil, estava num helicóptero que tombou no litoral fluminense, em 1992. Ele presidiu a Assembleia Nacional Constituinte, que pariu a Constituição de 1988.

Como deputado, brigou para que a votação do impeachment de Fernando Collor não fosse secreta. Morreu dez dias após o presidente cair.

Entre os termos mais em voga no Twitter (trending topics) apareceu também "House of Cards", série americana sobre um político sem escrúpulos que chega à Casa Branca após sucessivos golpes nos bastidores de Washington.

Disse uma internauta: "Se isto fosse um episódio de 'House of Cards', todos achariam que os roteiristas foram longe demais nesta temporada".

Uma campanha virtual pede que o juiz Sérgio Moro vá para a vaga de Teori no Supremo. Mas ele precisaria se cuidar, pois pode ser o próximo alvo, especulam tuiteiros como Victor Berriel: "Se eu sou o Moro não ia nem comprar pão mais".



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