Em Washington19/12/201407h04
Massoud Hossaini/AP
As operações dos Estados Unidos contra "alvos de alto valor" (HVT, high-value targets), como os ataques aéreos contra líderes da Al-Qaeda, tiveram um efeito limitado contra os talibãs no Afeganistão, considerou a CIA em um relatório de 7 de julho de 2009 publicado na quinta-feira pelo WikiLeaks.
Estas operações contribuíram de maneira moderada na luta contra os chefes da Al-Qaeda no Iraque, acrescentou a agência de inteligência americana no resumo de seu relatório intitulado "Como fazer das operações contra alvos de alto valor uma ferramenta eficaz contra a insurgência".
O relatório de 18 páginas foi produzido pela administração do ex-diretor da CIA Leon Panetta alguns meses antes de o presidente Barack Obama ordenar um reforço das tropas em uma tentativa de reverter a insurgência talibã, derrotar a Al-Qaeda e acelerar o fim da guerra no Afeganistão.
"A coalizão realizou esforços sustentados desde 2001 para atacar os líderes talibãs, mas a influência limitada do governo (afegão) fora de Cabul colocou obstáculos na integração dos esforços dirigidos aos HVT e a outros elementos militares e não militares da contrainsurreição", afirmou a CIA em seu documento.
"A utilização por parte de altos líderes talibãs do Paquistão como um santuário também complicou os esforços contra os HVT". A isso se soma que os talibãs "têm uma grande capacidade de substituir seus líderes falecidos", ressaltou a CIA.
No entanto, as táticas foram bem-sucedidas ao obrigar Obama Bin Laden a se esconder, adotando um estilo de vida discreto, que incluiu sua dependência por comunicações de baixa tecnologia, sua relutância em se encontrar com seus subordinados e sua necessidade em liderar à distância.
No Iraque, a Al-Qaeda perdeu no início vários de seus líderes e muitos emires, mas "estas baixas não enfraqueceram muito o impulso da Al-Qaeda".
A agência americana, que também avaliou suas operações em vários países (Peru, Colômbia, Irlanda do Norte, Argélia, Sri Lanka, Israel para a OLP e Hamas), considerou que elas tiveram efeitos positivos, minando a eficácia dos insurgentes, reduzindo seu apoio, dividindo seu movimento ou alterando sua estratégia em prol dos governo dos países envolvidos.
Mas a agência também admitiu que estas operações têm efeitos negativos porque podem aumentar o nível de apoio aos insurgentes, e fazem com que o governo do país em questão "descuide de outros aspectos de sua estratégia" contra os rebeldes.
O presidente americano, Barack Obama, que assumiu o poder em janeiro de 2009, aumentou estas polêmicas operações apoiadas em bombardeios aéreos ou com drones, como no noroeste do Paquistão.
O WikiLeaks divulgou desde 2010 cerca de 250.000 documentos diplomáticos americanos e 500.000 relatórios militares classificados de segredo de defesa.
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O sargento Matt Krumwiede aponta arma ao lado do sargento Jesse McCart, que usa próteses, durante caça em um rancho nos arredores de San Antonio, no Texas, em 2 de Novembro de 2013. O oficial de 22 anos, que já passou por 40 cirurgias, perdeu as duas pernas ao pisar em um IED (dispositivo explosivo improvisado, em inglês) quando fazia patrulha no sul do Afeganistão, em 12 de junho de 2012. O artefato arrancou as suas duas pernas, danificou o seu braço esquerdo e rasgou a sua cavidade abdominal. Apesar do que viveu, ele diz estar ansioso para se juntar à infantaria, assim que seus ferimentos permitirem. As tropas norte-americanas estão no Afeganistão desde 2001 Jim Urquhart/Reuters
Massoud Hossaini/AP
As operações dos Estados Unidos contra "alvos de alto valor" (HVT, high-value targets), como os ataques aéreos contra líderes da Al-Qaeda, tiveram um efeito limitado contra os talibãs no Afeganistão, considerou a CIA em um relatório de 7 de julho de 2009 publicado na quinta-feira pelo WikiLeaks.
Estas operações contribuíram de maneira moderada na luta contra os chefes da Al-Qaeda no Iraque, acrescentou a agência de inteligência americana no resumo de seu relatório intitulado "Como fazer das operações contra alvos de alto valor uma ferramenta eficaz contra a insurgência".
O relatório de 18 páginas foi produzido pela administração do ex-diretor da CIA Leon Panetta alguns meses antes de o presidente Barack Obama ordenar um reforço das tropas em uma tentativa de reverter a insurgência talibã, derrotar a Al-Qaeda e acelerar o fim da guerra no Afeganistão.
"A coalizão realizou esforços sustentados desde 2001 para atacar os líderes talibãs, mas a influência limitada do governo (afegão) fora de Cabul colocou obstáculos na integração dos esforços dirigidos aos HVT e a outros elementos militares e não militares da contrainsurreição", afirmou a CIA em seu documento.
"A utilização por parte de altos líderes talibãs do Paquistão como um santuário também complicou os esforços contra os HVT". A isso se soma que os talibãs "têm uma grande capacidade de substituir seus líderes falecidos", ressaltou a CIA.
No entanto, as táticas foram bem-sucedidas ao obrigar Obama Bin Laden a se esconder, adotando um estilo de vida discreto, que incluiu sua dependência por comunicações de baixa tecnologia, sua relutância em se encontrar com seus subordinados e sua necessidade em liderar à distância.
No Iraque, a Al-Qaeda perdeu no início vários de seus líderes e muitos emires, mas "estas baixas não enfraqueceram muito o impulso da Al-Qaeda".
A agência americana, que também avaliou suas operações em vários países (Peru, Colômbia, Irlanda do Norte, Argélia, Sri Lanka, Israel para a OLP e Hamas), considerou que elas tiveram efeitos positivos, minando a eficácia dos insurgentes, reduzindo seu apoio, dividindo seu movimento ou alterando sua estratégia em prol dos governo dos países envolvidos.
Mas a agência também admitiu que estas operações têm efeitos negativos porque podem aumentar o nível de apoio aos insurgentes, e fazem com que o governo do país em questão "descuide de outros aspectos de sua estratégia" contra os rebeldes.
O presidente americano, Barack Obama, que assumiu o poder em janeiro de 2009, aumentou estas polêmicas operações apoiadas em bombardeios aéreos ou com drones, como no noroeste do Paquistão.
O WikiLeaks divulgou desde 2010 cerca de 250.000 documentos diplomáticos americanos e 500.000 relatórios militares classificados de segredo de defesa.
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FONTE:
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2014/12/19/operacoes-dos-eua-no-afeganistao-tiveram-efeito-limitado-segundo-cia.htm
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