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Lama tóxica e fétida atingirá mais de 15 cidades até segunda, destruindo rios e acabando com a vida normal da população.
O que está acontecendo em Minas Gerais e se espalhando para outros estados, é terrível e é a comprovação de que governo federal, estadual, Vale do Rio Doce, que no fundo opera a empresa Samarco, simplesmente não fizeram nada pela população e muito menos pelo maior rio do Estado, o Rio Doce, que literalmente já está morto pela lama poluidora da barragem que estourou.
Além disso, várias cidades e rios já estão em processo de destruição pela lama.
Com efeito, além dessa tragédia humana, social e ambiental está sendo revelada mais uma trama de corrupção macabra, que envolve deputados estaduais, federais e até o Planalto.
O governo federal cortou verbas do programa criado para fiscalizar as barragens. Com isso, a fiscalização, que possivelmente, deve ter alguma história de propina no meio, fez vista grossa e deixou a empresa Samarco, controlada pela Vale do Rio Doce, tocar o barco sem qualquer prevenção e com total irresponsabilidade. Segundo consta, há somente 4 fiscais para fiscalizar centenas de mineradoras. E o Ibama, que gosta de multar agricultores, sequer teve alguma ação par fiscalizar essa desgraceira toda..
Além disso, deputados que dizem que vão apurar o que aconteceu receberam mais de R$ 2 milhões em doações da Vale do Rio Doce
Agora, a lama que toma rios, destrói tudo que toca, acaba de matar o Rio Doce e já toma outros rios indo para o Nordeste.
Entre os vários rios afetados e em fase de destruição total, está um dos rios mais importantes de São Paulo, o Rio Piracicaba, que também se encontra com o Doce em MG.
RESUMO DA HISTÓRIA: a lama da barragem desvelou mais um rio de lama da corrupção brasileira. O que aconteceu na barragem, ou melhor, entre governo e Samarco, é o que acontece em todo o Brasil, propina, vista grossa, propina, vista grossa, desastre no final. (Com foto de Gazeta Online e outros)
PESCADORES MOSTRAM UM POUCO DA SITUAÇÃO
FOTO: Antônio Cota
O MUNICÍPIO decretou estado de calamidade pública depois que o rio Doce foi tomado por lama e rejeitos
No último dia 10 de novembro, o município decretou estado de calamidade pública em virtude da lama que atingiu o rio Doce. Porém, até o momento o governo federal não reconheceu essa situação de calamidade.
O ministro de Estado da Integração Nacional, Gilberto Magalhães Occhi, em entrevista coletiva, afirmou que o caso está sendo analisado. Mas devido ao fato de a mineradora Samarco, responsável pela estrutura que se rompeu, estar arcando com todas as despesas para que a cidade volte à normalidade, o reconhecimento de calamidade pública não traria nenhum “impacto” para o município.
“Nós, nesse momento, não reconhecemos a situação [de calamidade pública] de Governador Valadares. Estamos analisando e entendemos que é possível o reconhecimento, por todo o impacto que o rompimento da barragem e a lama provocaram. Mas a decretação ou reconhecimento federal da situação de emergência nesse momento não traz nenhum outro impacto para o município, porque a Samarco tem arcado com todas as despesas necessárias ao restabelecimento da normalidade no município”, disse, acrescentando que se for necessário o governo fará o reconhecimento de calamidade pública.
O estado de calamidade pública é uma situação anormal, provocada por desastres, os quais causam danos e prejuízos que implicam no comprometimento da capacidade de resposta do poder público. E o reconhecimento do estado de calamidade pública ou de situação de emergência permite ao estado, Distrito Federal ou município solicitar recursos da União para ações de socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstruções. O reconhecimento do estado de calamidade pública pelo governo federal permite mais agilidade nas ações de socorro e na liberação de verbas, após autorização do Ministério de Estado da Integração Nacional.
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