Pelo menos é o que diz o biólogo diretor da Estação Biologia Marinha Ruschi, André Ruschi. Segundo ele, já é possível prever os danos ambientais causados pela lama tóxica. O biólogo fez uma publicação em sua página na rede social, explicando “assim que chegar ao mar, a lama deve atingir cerca de 10 mil quilômetros quadrados do litoral capixaba.” “A sopa de lama tóxica que desce no Rio Doce e descerá por alguns anos toda vez que houverem chuvas fortes, irá para a região litorânea do ES, espalhando-se por uns 3.000 quilômetros quadrados no litoral norte e uns 7000 quilômetros quadrados no litoral ao sul”, escreveu o biólogo na rede social.
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Créditos: Folha Vitória
Tão preocupante quanto, o biólogo afirma que a lama atingirá, também, três unidades de conservação ambiental (UCs): Comboios, Costa das Algas e Santa Cruz. Juntas, as reservas somariam 200 mil hectares no mar. “Santa Cruz é um dos mais importantes criadouros marinhos do Oceano Atlântico. Um hectare de criadouro marinho equivale a 100 hectares de floresta tropical primária. Isto significa que o impacto no mar equivale a uma descarga tóxica que contaminaria uma área terrestre de 20 milhões de hectares ou 200 mil km2 de floresta tropical primária”, afirma.
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André ainda afirma que as consequências ambientais da tragédia podem reverberar por décadas. “Os minerais mais tóxicos e que estão em pequenas quantidades na massa total da lama, aparecerão concentrados na cadeia alimentar por muitos anos, talvez uns 100 anos”, completou. Informações completas no Folha Vitória
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