segunda-feira, 12 de agosto de 2019

China mata cerca de 90 mil prisioneiros por ano para vender seus órgãos, diz tribunal


Tribunal internacional denuncia o tráfico de órgãos humanos na China

China mata prisioneiros para retirar seus órgãos

Um estudo que durou um ano para ser elaborado acabou de ser concluído e divulgado esta segunda-feira (17) em Londres, Inglaterra, por um tribunal internacional independente. Ele conclui que a China está matando prisioneiros para retirar seus órgãos. A maioria das vítimas são detidas do movimento religioso chamado "Falun Gong".

O início das investigações envolvendo o tráfico internacional de órgãos humanos na China já foi noticiado aqui no Opinião Crítica. Para entender melhor, leia também: "Parlamento britânico denuncia a extração forçada de órgãos 'sem anestesia' na China".

Estes são "chineses que estão presos por causa da maneira como buscam a Deus, ou adoram a Deus, e o governo chinês se sente ameaçado por isso. Então eles estão matando esses prisioneiros e estão colhendo seus órgãos internos para obter lucro", disse Gary Bauer, membro da organização da Comissão dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional. 

A China diz que parou de recolher os órgãos de prisioneiros executados há cerca de cinco anos, e o governo diz que as alegações estão sendo usadas para propaganda política contra o país comunista. 

Mas o tribunal da China sugere que a extração de órgãos ainda está acontecendo. Bauer insiste que o relatório tribal mostra que, apesar das negações anteriores da China, em muitos casos ele já matou prisioneiros de consciência (termo utilizado para se referir às pessoas que são detidas por motivação política ou religiosa). Ele elogiou o tribunal e seu presidente, Sir Geoffrey Nice, que dedicou anos de trabalho em questões de direitos humanos.

"Os outros membros do tribunal eram pessoas que estavam mergulhadas na história chinesa, cultura chinesa. Eles entrevistaram dezenas e dezenas de testemunhas, então este é um relatório muito confiável", explicou Bauer.

Bauer disse que violações flagrantes de direitos humanos e liberdades religiosas na China devem ser abordadas pela administração Trump e pelo Congresso dos EUA.

"Não estamos falando aqui de uma dúzia de incidentes por ano", disse ele. "Estudos anteriores mostraram que pode haver entre 60.000 e 90.000 dessas mortes ocorrendo a cada ano em que os órgãos foram colhidos".

Bauer disse que a China não está apenas colhendo órgãos humanos para obter lucro, mas que oficiais do governo fazem isso também por abuso dos direitos humanos.

"Todas essas práticas vão além de qualquer limite. Elas merecem condenação internacional e devem levantar questões sérias na minha opinião", continuou ele.

"Minha opinião pessoal é de que qualquer empresa que esteja fazendo negócios, obtendo lucro na China, deveria estar se perguntando seriamente se eles querem fazer negócios em um país que está envolvido neste tipo de violações inacreditáveis ​​de direitos humanos básicos e dignidade humana", conclui.


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