A mesma fonte refere que nas fileiras do Estado Islâmico (EI) estariam combatendo centenas de pessoas, portadoras de passaportes da Alemanha Federal e de outros países europeus.
Enquanto isso, os vastos círculos sociais estão focando um processo judicial iniciado em Francoforte do Meno, estado do Hesse, aberto contra o antigo combatente do EI, Kreshnik B., natural da Alemanha.
Nascido numa família dos naturais do Kosovo, ele terá sido influenciado por islamistas radicais e, em meados de 2013, partiu com destino à Síria. Lá entrou nas fileiras da oposição armada, mas depois decidiu voltar para sua terra natal, onde foi detido. Perante o fato de regresso voluntário e na ausência de provas convincentes de crimes graves, a acusação não insiste em pena de prisão de longo prazo.
No entanto, o processo está em pleno andamento, podendo vir a revelar novos fatos. Os habitantes da Alemanha estão apreensivos com a tendência negativa e alarmante de conversão de muitos jovens ao islamismo radical. Segundo constata o periódico alemão Sueddeutsche Zeitung alegando fontes oficiais, um crescente número de jihadistas de origem alemã recém-convertidos não deixa de causar preocupações sérias e bem fundamentadas. O Departamento de Proteção da Constituição, destaca que, presentemente, o EI conta com mais de 400 pessoas nascidas na Alemanha, inclusive jovens.
Uma análise mais detalhada do curriculum daqueles que foram para a guerra na Síria dá muitos outros motivos para refletir no assunto. Apenas 26% dos jihadistas alemães têm o curso médio, 6% são graduados de escolas técnicas, 12% tinham trabalhado como serventes. Cada quinto recrutado por extremistas era desempregado, cada terceiro possui um cadastro criminal. Assim, pois, as causas de radicalização de ânimos estão bem à vista!
Conforme relatos da mídia alemã, os políticos têm proposto recrudescer o combate aos adeptos de islamismo radical. O chefe do Departamento de Proteção da Constituição, Hans-Georg Maassen, considera, contudo, que o problema tem de ser um objeto de cuidado especial de toda a sociedade alemã.
E não só. No fim do ano passado, os chanceleres da França e da Bélgica anunciaram dispor de informações de que a oposição síria contava com 2.000 pessoas provenientes da União Europeia que, na sua maior parte, são jovens entre os quais 400 franceses e 150 belgas.
A agência noticiosa Associated Press admite, ao mesmo tempo, que a oposição síria tem sido apoiada por voluntários de 11 países europeus, inclusive da Alemanha, Áustria, Suécia e Dinamarca.
O mencionado acima Sueddeutsche Zeitung cita as palavras do porta-voz do Exército iraquiano, Kassem Atta, segundo o qual tem vindo a aumentar o número dos combatentes suicidas, recrutados na Europa. Conforme frisou adiante, eles são mais cruéis do que os árabes. Uma prova disso são as execuções por decapitação de dois jornalistas norte-americanos que foram filmadas e em que o carrasco era um cidadão britânico. Os serviços secretos do Ocidente, por seu turno, dão conta de múltiplos atos terroristas cometidos por jihadistas europeus, cujo número, desde março de 2014, teria triplicado.
A mídia da Alemanha informa que as quatro maiores comunidades islâmicas exortaram a declarar esta sexta-feira, 19 de setembro, um Dia de Ação e Protesto contra o fanatismo religioso, racismo e ódio. Em sua ótica, não se pode admitir que, em nome dos postulados da fé maometana, sejam “feitos reféns” dos terroristas e de criminosos como os combatentes do Estado Islâmico. Pelo visto, chegou a hora de “libertar” o islamismo que se tornou “cativo” dos elementos radicais.
Mas quem é que irá salvar os jovens europeus feitos reféns ideológicos?
FONTE:
http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_09_19/Guerreiros-de-Al-com-passaportes-europeus-2405/
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