Em manobra para impor sandices de uma minoria, partido apresentou ação em que acusa o
Congresso de omissão e pede que a discriminação de homossexuais seja
combatida com o mesmo rigor do racismo.
O PPS entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) em que pede que seja tratada como crime a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero. O partido quer que assassinatos, atos de violência ou discriminatórios por homofobia e transfobia sejam combatidos com o mesmo rigor previsto na Lei 7716/89, a Lei do Racismo.
O PPS entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) em que pede que seja tratada como crime a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero. O partido quer que assassinatos, atos de violência ou discriminatórios por homofobia e transfobia sejam combatidos com o mesmo rigor previsto na Lei 7716/89, a Lei do Racismo.
“Todas as formas de homofobia e transfobia devem ser punidas com o
mesmo rigor aplicado atualmente pela Lei de Racismo, sob pena de
hierarquização de opressões decorrente da punição mais severa de
determinada opressão relativamente a outra”, sustenta a ação direta de
inconstitucionalidade por omissão protocolada pelo partido, que será
relatada pelo ministro Celso de Mello.
Para o PPS, o Congresso foi omisso ao não votar a lei que torna crime
a discriminação de homossexuais. Na semana passada, o Senado decidiu incorporar as discussões do PLC 122/06, o chamado PL da Homofobia, que tramitava na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, no debate do novo Código Penal. O projeto de reformulação da legislação penal será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Congresso sob pressão
O PPS alega que a ação foi proposta para seja imposto ao Poder
Legislativo o dever de elaborar legislação criminal que puna a homofobia
e a transfobia, espécies de racismo. “Racismo é toda ideologia que
pregue a superioridade/inferioridade de um grupo relativamente a outro e
a homofobia e a transfobia – espécies de racismo – implicam
necessariamente na inferiorização da população LGBT relativamente a
pessoas heterossexuais cisgêneras (que se identificam com o próprio
gênero)”, afirma a sigla no documento assinado pelo presidente, deputado
Roberto Freire (PPS-SP).
O partido acusa o Congresso de prejudicar parcela da população ao não
decidir sobre o assunto. “O legislador não aprova, mas também não
rejeita, deixando este e todos os outros temas relativos à população
LGBT em um verdadeiro limbo deliberativo”, sustenta a legenda na ação,
de acordo com o STF.
Como mostrou o Congresso em Foco, evangélicos como os senadores Magno Malta (PR-ES) e Eduardo Lopes (PRB-RJ) e o pastor Silas Malafaia comemoraram na semana passada a manobra que, segundo eles, “sepultou” o PL da Homofobia. O deputado Jean Wyllys
(Psol-RJ), um dos principais representantes dos homossexuais no
Parlamento, reconheceu que a medida “enterra” o projeto e promete
apresentar nova proposta sobre o assunto. Para ele, a base governista
“cedeu a chantagem do fundamentalismo religioso”.
FONTE:
http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/pps-entra-no-stf-para-reconhecimento-de-homofobia/
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