Proposta francesa seria violação da soberania de Israel
Israel rejeita envio de "força internacional" para Jerusalém
Desde 2012, a França tem liderado um esforço internacional para o reconhecimento da Palestina como um Estado autônomo. A primeira vitória foi conseguida quando a ONU reconheceu a Palestina como um “Estado observador não membro”. Tal mudança permitiu que palestinos participem de debates da Assembleia Geral. Recentemente, puderam hastear sua bandeira na sede da instituição pela primeira vez.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, desde que assumiu o cargo, vem fazendo campanha pela divisão de Jerusalém. O governo francês chegou a encaminhar um pedido para o reconhecimento da Palestina este ano, e a entrega da porção Oriental de Jerusalém como capital da Palestina.
Com assento permanente no Conselho de Segurança da entidade, a postura francesa é muito influente. Mas segundo a imprensa internacional, o pedido não foi adiante por intervenção dos Estados Unidos no último momento.
Surgiu então a possibilidade de se utilizar um artifício diplomático e pedir que o Muro das Lamentações passe a ser considerado parte da Esplanada das Mesquitas. A ideia foi apresentada ao Conselho Executivo da UNESCO, que tem 58 países membros. A maioria deles é de nações muçulmanas, o que lhes garantiria o apoio.
Enquanto o assunto não é votado na ONU, os conflitos da chamada “intifada das facas” continua fazendo vítimas em Israel. Mesmo com o governo do premiê Benjamin Netanyahu tomando uma série de medidas para aumentar a segurança, a França pediu o envio de “observadores internacionais” para Jerusalém, mais especificamente, ao complexo do Monte do Templo
O pedido, que pode ser incluído em uma declaração do Conselho de Segurança da ONU, enviaria uma força internacional da ONU para a capital do Estado judeu. Netanyahu acredita que essa seria uma violação de sua soberania.
“Israel rejeita a proposta francesa no Conselho de Segurança porque não inclui nenhuma menção à incitação à violência e ao terrorismo dos palestinos”, declarou o primeiro-ministro israelense. O ministério das Relações Exteriores de Israel acusa Paris de “recompensar o terrorismo palestino”.
Quarenta e um palestinos, a maioria agressores com facas, morreram desde o início dos confrontos. Foram oito vítimas fatais do lado israelense, além de dezenas de feridos. Ônibus foram incendiados no maior terminal de Jerusalém neste final de semana. Grupos extremistas pedem que todos os árabes ataquem os judeus. A proporção de árabes israelenses é de quase 20% da população.
Neste domingo, o papa Francisco afirmou acompanhar “com grande inquietação” a situação de violência que tomou conta da Terra Santa.
Em 2013, os Estados Unidos chegaram a cogitar que Jerusalém Oriental e seus lugares sagrados sejam administrados por um conselho internacional. Ele seria formado por representantes palestinos e israelenses, além de países muçulmanos como Turquia e Arábia Saudita. Como muitos desses locais são sagrados para os cristãos, o Vaticano ficaria encarregado.
Dezenas de palestinos incendiaram na sexta-feira o túmulo de José, um dos 12 filhos do patriarca Jacó. Neste domingo, um grupo de israelenses que visitavam o túmulo de José foram atacados por palestinos antes de uma ação do exército que retirou todos do local. Com informações de Jerusalém Post
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