As declarações feitas pelo governo baiano e pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) de que a contaminação da água por urânio no interior da Bahia decorre da presença natural do minério na região não são suficientes para comprovar o que, de fato, levou à presença do material na água. Em audiência pública realizada na terça-feira, 20, pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, o coordenador geral de Transporte, Mineração e Obras Civis do Ibama, Jônatas Souza da Trindade, disse que ainda não foi possível ter um parecer conclusivo sobre o assunto, em razão das poucas informações enviadas pela INB em relação às águas subterrâneas da região de Lagoa Real e Caetité, no sudoeste baiano.
"O parecer indicou necessidade de informação mais aprofundada de dados geológicos, geoquímicos e hidrogeológicos da região", afirmou Trindade. "O Ibama consegue informar que, sobre a água superficial, realmente a unidade se encontra em uma bacia hidrográfica diferente. Mas precisa dessa confirmação sobre as águas profundas."
No dia 22 de agosto, relatou Trindade, quando o Ibama teve conhecimento sobre um poço contaminado com alto teor de urânio na zona rural de Lagoa Real, a partir de denúncia publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, foi encaminhada uma autuação à INB para que prestasse esclarecimentos. As respostas foram dadas quatro dias depois.
No dia 10 de setembro, o Ibama finalizou sua análise técnica em relação à INB. Explicações complementares sobre o caso também foram enviadas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). "No dia 17 de setembro, o Ibama encaminhou um parecer para conhecimento e providências da CNEN. O ofício informa que a INB deveria tomar providências no sentido de apresentar um relatório mais robusto a cerca da situação", disse Trindade.
O relatório enviado pela estatal, comentou o representante do Ibama, apresenta algumas informações - como a presença da anomalia (jazida de urânio) 7 na região - para indicar que há presença natural de urânio. "Mas, como não apresentou um dado geoquímico, uma apresentação mais técnica, nosso parecer indicou que deveria ser apresentada essa informação, para confirmar se ou não vínculo da contaminação com as atividades da empresa."
O poço contaminado está localizado a 15,8 km do local de exploração de urânio, segundo o Ibama. A INB alega ainda que a comunidade Varginha, onde fica poço contaminado, está localizada numa sub-bacia hidrográfica (Sub-Bacia do Rio São Pedro) diferente daquela onde se situa a unidade da empresa (Sub-Bacia do Riacho das Vacas), o que, segundo a empresa, significa que suas atividades não têm influência sobre a contaminação.
No dia 22 de agosto, relatou Trindade, quando o Ibama teve conhecimento sobre um poço contaminado com alto teor de urânio na zona rural de Lagoa Real, a partir de denúncia publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, foi encaminhada uma autuação à INB para que prestasse esclarecimentos. As respostas foram dadas quatro dias depois.
No dia 10 de setembro, o Ibama finalizou sua análise técnica em relação à INB. Explicações complementares sobre o caso também foram enviadas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). "No dia 17 de setembro, o Ibama encaminhou um parecer para conhecimento e providências da CNEN. O ofício informa que a INB deveria tomar providências no sentido de apresentar um relatório mais robusto a cerca da situação", disse Trindade.
O relatório enviado pela estatal, comentou o representante do Ibama, apresenta algumas informações - como a presença da anomalia (jazida de urânio) 7 na região - para indicar que há presença natural de urânio. "Mas, como não apresentou um dado geoquímico, uma apresentação mais técnica, nosso parecer indicou que deveria ser apresentada essa informação, para confirmar se ou não vínculo da contaminação com as atividades da empresa."
O poço contaminado está localizado a 15,8 km do local de exploração de urânio, segundo o Ibama. A INB alega ainda que a comunidade Varginha, onde fica poço contaminado, está localizada numa sub-bacia hidrográfica (Sub-Bacia do Rio São Pedro) diferente daquela onde se situa a unidade da empresa (Sub-Bacia do Riacho das Vacas), o que, segundo a empresa, significa que suas atividades não têm influência sobre a contaminação.
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