sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Atentados de Paris: 42 mortos. Mais de 100 reféns em sala de espetáculos


François Hollande já falou aos franceses: confirmou os atentados terroristas e anunciou que vai fechar fronteiras e declarar estado de emergência.


Há 7m23:17Ana Cristina Marques
"Parece que já estamos habituados a isto"

Em dezembro de 2012, Sílvia Vaz Guedes fez o caminho de tantos outros portugueses. Fez as malas e emigrou para França à procura — tal como se costuma dizer — de uma vida melhor. “Estava em casa e nem tinha a televisão ligada. Só me apercebi quando comecei a receber os tweets e as mensagens de toda agente. Liguei para o emprego para saber se estão todos bem.” Sílvia trabalha num hotel vizinho ao local do primeiro ataque. 

Aos 46 anos, a portuguesa estaria de longe de imaginar uma vida de receio. Sílvia, que estava em casa quando se apercebeu dos atentados em Paris, diz que “andar nos transportes públicos em Paris é ir atenta”, referindo-se ao medo que atualmente se vive na cidade. “Por incrível que pareça, já não é… Claro que é um choque, mas parece que já estamos habituados a isto. É triste dizer isso. Não nos surpreendemos.”

“Se vivesse em Paris teria medo de sair à rua. As coisas mudaram muito depois do Charlie Hebdo.”
Há 7m23:17Filomena Martins

A Polícia de Nova Iorque (NYPD) reforçou a segurança à volta cidade dos EUA depois dos atentados de Paris.

Há 8m23:16Ana Cristina Marques
" Parece que já estamos habituados a isto"

Em dezembro de 2012, Sílvia Vaz Guedes fez o caminho de tantos outros portugueses. Fez as malas e emigrou para França à procura — tal como se costuma dizer — de uma vida melhor. “Estava em casa e nem tinha a televisão ligada. Só me apercebi quando comecei a receber os tweets e as mensagens de toda agente. Liguei para o emprego para saber se estão todos bem.” Sílvia trabalha num hotel vizinho ao local do primeiro ataque. 

Aos 46 anos, a portuguesa estaria de longe de imaginar uma vida de receio. Sílvia, que estava em casa quando se apercebeu dos atentados em Paris, diz que “andar nos transportes públicos em Paris é ir atenta”, referindo-se ao medo que atualmente se vive na cidade. “Por incrível que pareça, já não é… Claro que é um choque, mas parece que já estamos habituados a isto. É triste dizer isso. Não nos surpreendemos.”

“Se vivesse em Paris teria medo de sair à rua. As coisas mudaram muito depois do Charlie Hebdo.”

Há 10m23:15Miguel Santos

O Presidente já destacou 200 soldados franceses para o 10º e 11º bairros. O exército está nas ruas.

Há 12m23:12Liliana Valente
Não há notícia de vítimas portuguesas, para já

Não é certo, até porque ainda não se conhece a identidade de todas as vítimas, mas para já não houve a indicação de que possa haver. O eurodeputado do PS, Paulo Pisco, disse ao Observador que “não se sabe se há portugueses” e está em contacto com alguns conhecidos para aferir dessa possibilidade. 

O eurodeputado, eleito pelo círculo da Europa deverá ir até Paris nas próximas horas, para se inteirar junto da comunidade portuguesa.

Das informações que tem recolhido, Paulo Pisco diz duas coisas:

1 – Que os “atentados são cometidos pelos terroristas para atingir o maior número de vitimas possível”;

2 – “Há a indicação que muito provavelmente os atentados por explosão foram cometidos por suicidas”, uma informação a confirmar mais tarde.
Há 13m23:11Diogo Pombo
Barack Obama: "Isto não foi só um ataque ao povo francês. Foi um ataque a toda a humanidade"

“Assistimos a uma tentativa horrenda de aterrorizar cidadãos inocentes. Este não é um ataque apenas contra Paris e o povo francês. É um ataque a toda a humanidade e aos valores universais que partilhamos. Estamos preparados para fornecer toda a ajuda que o governo e o povo francês necessitem. A França é o nosso mais velho aliado e estive ao lado dos EUA, uma e outra vez. Queremos tornar claro que estamos com eles na luta contra o terrorismo e extremismo. Os que pensam que podem aterrorizar o povo francês e os valores que defende, estão enganados.

O povo americano sempre encontrou forças ao comprometimento do povo francês com a vida, a liberdade e a busca pela felicidade. É nestes momentos que os valores da liberté, égalité, e fraternité não são apenas queridos aos franceses, são também partilhados por nós. Esses valores vão perdurar muito além de qualquer ato de terrorismo. Faremos o que for possível pelo povo francês e para colocarmos os responsáveis [pelos atentados] perante a justiça.

Ainda não sabemos os detalhes do que se passou. Estamos em contacto com os responsáveis franceses, já transmitimos as nossas condolências as famílias das vitimas. Oferecemos todo o nosso apoio. A situação ainda se está a desenrolar e, por enquanto, optei por ainda não contactar o presidente Hollande. Sei que estará muito ocupado neste momento. Por coincidência, hoje já tinha conversado com ele devido à preparação da cimeira do G20. Estou confiante que estarei em constante comunicação com ele nos próximos dias e vou coordenar [os esforços] da forma que eles acharem mais conveniente, na investigação ao que se passou.

É uma situação aterradora e claro que nós sabemos o que isto é, já passámos por este tipo de episódios. Sempre que estes ataques aconteceram, sempre pudemos contar com o povo francês. Têm sido um extraordinário parceiro [na luta] contra o terrorismo e queremos estar com eles agora. Tenho a certeza que nos próximos dias vamos saber mais sobre o que aconteceu. As minhas equipas vão assegurar que nos mantemos em constante contacto com a imprensa. Nesta altura não quero especular em termos de quem foi responsável por isto. Até sabermos do governo francês que a situação está controlada, não vamos especular”.

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