Paciente tem 46 anos e chegou da Nova Guiné na sexta; rapaz passará por diversos exames para confirmar ou não doença
Movimentação de médicos após suspeita de ebola causar o fechamento do Upa Pampulha (MG)
Um brasileiro de 46 anos, vindo da Nova Guiné e internado nesta terça-feira (10) com suspeita de ebola em uma Unidade de Pronto Atendimento de Belo Horizonte, foi transferido nesta quarta (11) para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro.
Ele chegou ao Brasil na última sexta (6) e procurou o serviço médico no domingo (8), com sintomas de febre alta, dor muscular e dor de cabeça. Imediatamente após a identificação da suspeita da doença, o paciente foi isolado na unidade.
"Uma equipe do Samu saiu hoje de Brasília em um avião da Força Aérea brasileira para transferir o paciente de Belo Horizonte para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz [Fundação Oswaldo Cruz], no Rio de Janeiro”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Castro, nesta tarde.
jose lucena/Futura Press
Paciente foi levado para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro
A unidade é referência nacional para casos de ebola seguindo o protocolo de segurança. Após a internação no instituto, será colhida amostra de sangue para os testes. O primeiro resultado deve sair em 24 horas. Se o primeiro resultado for negativo, será feito novo exame para confirmação 48 horas após a primeira coleta.
Só com os dois exames será possível verificar o diagnóstico do paciente. Até os resultados definitivos, ele permanecerá isolado e recebendo acompanhamento médico. A expectativa é que a aeronave que transportou o paciente tenha aterrisado no Rio de Janeiro às 19h.
O ministro recomendou à população que fique tranquila. O ebola só é transmitido pelo contato com o sangue, tecidos ou fluidos corporais de indivíduos doentes. “O vírus somente é transmitido quando surgem os sintomas", esclareceu o ministro. O nome do paciente não foi revelado pelo Ministério da Saúde.
O ebola é uma doença considerada grave e com uma taxa de letalidade que pode chegar a 90%. Atualmente, a Guiné é o último país com casos sendo registrados da doença. Neste ano, os país que tiveram o maior número de casos foram Guiné, Serra Leoa e Libéria.
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