Com o anúncio de sua entrada no governo federal, a presidente Dilma Rousseff nomeou no início da noite desta quarta-feira (16) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como novo ministro da Casa Civil.
A iniciativa foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União e ocorre no mesmo dia em que o petista aceitou assumir a pasta, após encontro no Palácio do Alvorada. A cerimônia de posse está marcada para a próxima terça-feira (22).
Mais cedo, em entrevista à imprensa, a presidente disse que não se sente desconfortável com a presença de seu antecessor no Palácio do Planalto.
A presidente Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva durante congresso da CUT em São Paulo
Segundo ela, o antecessor terá "os poderes necessários" para ajudar o governo federal e sua relação com ele é "sólida" e não é de "poder ou superpoder".
"A minha relação com ele é sólida, uma relação de quem constrói um projeto. Ele, no meu governo, terá os poderes necessários para ajudar o Brasil", disse. "Nem um pouco (de desconforto). Pelo contrário, ele me deixa muito confortável. Nós temos seis anos de trabalho cotidiano. Eu estou muito feliz com a vinda dele", acrescentou.
Segundo ela, a demora do petista em ter aceitado o convite deveu-se a dúvidas dele sobre críticas que poderiam ser feitas pela oposição ao governo federal. Ela negou que seu antecessor tenha imposto condições para assumir a pasta.
"Não é do perfil dele. Ele não age dessa forma", disse.
Em resposta às críticas de que o petista teria aceitado o convite para ter foro privilegiado, a petista ressaltou que um ministro também é investigado e pode ser punido. Segundo ela, fazer essa crítica é uma maneira de colocar suspeitas sobre a capacidade da Suprema Corte.
"Não significa que um ministro, deputado ou senador não seja investigado. Significa por quem ele é investigado", disse. "Como dizer que a investigação do juiz Sergio Moro é melhor que a investigação do STF [Supremo Tribunal Federal]? Isso é uma inversão de hierarquia", questionou.
A presidente voltou a sair em defesa do antecessor sobre as investigações da Polícia Federal. Segundo ela, os critérios das apurações são "estranhos" e o petista "deu explicações suficientes".
"E acho estranho que ele seja levado coercitivamente ou que seja pedido a prisão preventiva sem base em um fato que caracterize isso. O Lula não é uma pessoa que pode ter sua biografia destruída dessa forma", criticou.
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/03/1750766-dilma-nomeia-lula-como-novo-ministro-da-casa-civil.shtml
A iniciativa foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União e ocorre no mesmo dia em que o petista aceitou assumir a pasta, após encontro no Palácio do Alvorada. A cerimônia de posse está marcada para a próxima terça-feira (22).
Mais cedo, em entrevista à imprensa, a presidente disse que não se sente desconfortável com a presença de seu antecessor no Palácio do Planalto.
A presidente Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva durante congresso da CUT em São Paulo
Segundo ela, o antecessor terá "os poderes necessários" para ajudar o governo federal e sua relação com ele é "sólida" e não é de "poder ou superpoder".
"A minha relação com ele é sólida, uma relação de quem constrói um projeto. Ele, no meu governo, terá os poderes necessários para ajudar o Brasil", disse. "Nem um pouco (de desconforto). Pelo contrário, ele me deixa muito confortável. Nós temos seis anos de trabalho cotidiano. Eu estou muito feliz com a vinda dele", acrescentou.
Segundo ela, a demora do petista em ter aceitado o convite deveu-se a dúvidas dele sobre críticas que poderiam ser feitas pela oposição ao governo federal. Ela negou que seu antecessor tenha imposto condições para assumir a pasta.
"Não é do perfil dele. Ele não age dessa forma", disse.
Em resposta às críticas de que o petista teria aceitado o convite para ter foro privilegiado, a petista ressaltou que um ministro também é investigado e pode ser punido. Segundo ela, fazer essa crítica é uma maneira de colocar suspeitas sobre a capacidade da Suprema Corte.
"Não significa que um ministro, deputado ou senador não seja investigado. Significa por quem ele é investigado", disse. "Como dizer que a investigação do juiz Sergio Moro é melhor que a investigação do STF [Supremo Tribunal Federal]? Isso é uma inversão de hierarquia", questionou.
A presidente voltou a sair em defesa do antecessor sobre as investigações da Polícia Federal. Segundo ela, os critérios das apurações são "estranhos" e o petista "deu explicações suficientes".
"E acho estranho que ele seja levado coercitivamente ou que seja pedido a prisão preventiva sem base em um fato que caracterize isso. O Lula não é uma pessoa que pode ter sua biografia destruída dessa forma", criticou.
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/03/1750766-dilma-nomeia-lula-como-novo-ministro-da-casa-civil.shtml
Presidente Dilma fala sobre a nomeação de Lula para ministério e sobre a IMUNIDADE PARLAMENTAR adquirida
Silêncio do governo sobre a nomeação do ex-presidente Lula foi quebrado no meio da tarde desta quarta-feira (16), no Palácio do Planalto.
A nomeação do ex-presidente Lula para o ministério foi feita de uma maneira muito discreta, em uma nota de 13 linhas. Depois disso veio o silêncio. O silêncio do governo sobre a nomeação do ex-presidente Lula foi quebrado no meio da tarde. A presidente Dilma deu uma entrevista no Palácio do Planalto.
Logo no início, a presidente Dilma foi perguntada se, com a nomeação, Lula virou uma espécie de superministro e se ela perderá poder.
“Eu vou até rir. Tem quatro anos de governo mais um, cinco. Eu estou entrando no sexto. Tem seis anos que vocês tentam porque tentam me separar do Lula. A minha relação com o Lula não é uma relação de poderes ou superpoderes. A minha relação com o Lula é uma sólida de relação de quem constrói um projeto junto. Então, o presidente Lula, no meu governo, terá os poderes necessários para nos ajudar. Pra ajudar o Brasil, tudo o que ele puder fazer pra ajudar o Brasil será feito. Tudo”, afirmou a presidente.
A presidente Dilma também foi questionada sobre as negociações para que Lula aceitasse o cargo. Junto com os rumores de que ele seria nomeado, surgiram informações de que Lula estaria fazendo exigências para aceitar o cargo. A presidente negou.
“Eu digo pra vocês que isso não é do perfil do presidente Lula. O presidente Lula não age dessa forma. Porque o presidente Lula tinha dúvidas se ele deveria ou não assumir o cargo. Dúvidas essas mais ligadas à situação do confronto que a oposição poderia fazer sobre suas razões do que sobre esse tipo de questão. E acho que essas dúvidas foram integralmente superadas e nós, já ontem, já ontem, tínhamos a decisão, mas nós aprofundamos hoje porque tinha que tratar de vários assuntos mais práticos”, disse a presidente.
Ao ser perguntada se o fato de Lula estar sendo investigado na Operação Lava Jato causa algum constrangimento, a presidente voltou a defende-lo. E disse estranhar a forma como as investigações sobre Lula estão sendo conduzidas.
“Os critérios de investigação são extremamente estranhos em relação ao presidente Lula. Muito estranhos, por que? Porque o presidente Lula nega que tenha o triplex, nega que tenha o sítio e deu explicações suficientes, não se recusa a dar explicações, sempre que foi chamado, foi, foi, informou e acho estranho - já manifestei isso - que ele tinha, que ele seja levado coercitivamente ou que seja pedida a preventiva dele sem base num fato que caracterize isso, não só eu, mas uma porção de juristas falaram isso. Acho que não está certo isso, mostra a minha confiança na trajetória dele, na biografia dele, no compromisso dele - que eu conheço ele - compromisso dele com todas as práticas corretas e idôneas”, afirmou a presidente.
Uma das críticas da oposição sobre a nomeação de Lula é que, como ministro, ele ganha foro privilegiado. Ou seja, deixa de ser investigado em Curitiba, pelo juiz Sergio Moro e passa a ser investigado em Brasília, pelo Supremo Tribunal Federal. A presidente Dilma rebateu o argumento.
“Prerrogativa de foro não é impedir a investigação, é fazê-la em determinada instância e não em outra. A troco de que eu vou achar que a investigação do juiz Sergio Moro é melhor do que a investigação do Supremo? Isso é uma inversão de hierarquia. Me desculpa, eu não posso acrescentar mais nada a uma resposta dessas. Então eu não entendo por que quando chega nesse caso criam essa hipótese. Vocês me desculpem, mas eu acho que essa hipótese ela é apenas uma sombrinha, uma proteção ao fato de que, vamos falar a verdade, a vinda do Lula pro meu governo fortalece o meu governo. Tem gente que não quer que ele seja fortalecido. O que que eu posso fazer?”, declarou a presidente.
A presidente Dilma também falou sobre a crise econômica. Ela negou que o governo vá usar as reservas internacionais, uma espécie de poupança que o brasil tem no exterior, para incentivar o crescimento ou a queda da inflação.
“Nós jamais teremos uma pauta de uso dessas reservas para algo que não seja proteção do país contra flutuações internacionais e as reservas também elas podem ter um papel em relação à dívida. Mas elas não são a forma adequada de se solucionar questões de investimento, portanto. As especulações que existem quanto a esse fato do uso das reservas são isso: especulações. E elas, infelizmente, só beneficiam uns poucos que lucram com ela, que lucram e tentam criar uma situação de especulação. Nós temos de fazer buscar a estabilidade fiscal. Por que que vocês acham que eu falei do compromisso do Lula com a estabilidade fiscal? Porque ele é real, vocês sabem disso. Olha a retrospectiva do presidente. Que história é essa que o presidente não tem compromisso com a estabilidade fiscal? Que história é essa que ele não tem compromisso com o controle da inflação? Eu acho que é admissível, tudo é admissível, mas tem coisa que passa, eu diria assim, que tá um pouquinho acima do noticiário especulativo”, afirmou Dilma.
A presidente Dilma também assegurou que não haverá mudanças na equipe econômica.
“Não se admite, porque cria turbulência na economia, me desculpem. Isso tem um sentido especulativo. Nem o ministro Nelson Barbosa, nem o ministro Tombini estão com alguma... Houve, alguma, alguém ou qualquer coisa que levantou a possibilidade deles saírem do governo. Pelo contrário, eles tão mais dentro do que nunca”, disse Dilma.
FONTE:
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2016/03/presidente-dilma-fala-sobre-nomeacao-de-lula-para-ministerio.html
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