quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Idade das trevas: Ucrânia poderá enfrentar falta de energia



Nesta semana, o ministro da Energia da Ucrânia, Igor Nasalik, propôs introduzir estado de emergência no setor de energia devido à falta de carvão, que é utilizado em usinas nucleares do país. Ao mesmo tempo, Kiev se recusou a encomendar suprimentos da Rússia.

O especialista de energia ucraniano, Dmitry Marunich, avisou que o país poderá enfrentar apagões, não daqui a alguns anos, mas daqui a algumas semanas.

Na segunda-feira (13), o ministro da Energia da Ucrânia, Igor Nasalik, avisou que as reservas de carvão utilizadas nas usinas nucleares da Ucrânia se esgotarão em duas semanas e propôs introduzir estado de emergência no setor de Energia. Segundo disse o ministro, o país tem reservas de cerca de 927.000 toneladas métricas de carvão antracito, mas o setor de energia está consumindo quase 40.000 toneladas por dia.

Entretanto, o ministro declarou, em entrevista ao canal de televisão ICTV, que Kiev se recusa a importar suprimentos de eletricidade da Rússia.

"Estou seguro que importação de eletricidade russa não deva nem ao menos ser considerada, pois não a queremos", disse o ministro. "Vamos fazer tudo o que possível para evitar essa opção", acrescentou.

A importação de suprimentos de eletricidade russos pela Ucrânia foi interrompida no dia 1º de janeiro de 2016.

Na segunda-feira (13), o Ministério da Energia da Rússia confirmou que a Ucrânia não pediu à Rússia para fornecer suprimentos de eletricidade urgentes devido à falta de carvão.

Além disso, segundo o diretor da empresa nacional ucraniana Ukrenergo, Vsevolod Kovalchuk, o estado de emergência "irá afetar o território inteiro da Ucrânia, não incluindo algumas 'ilhas energéticas' que funcionam sem conexão com a rede principal".




Nesta semana, o partido pró-presidencial Bloco de Pyotr Poroshenko apelou ao presidente da Ucrânia para que convoque uma reunião urgente do Conselho da Segurança Nacional para que sejam tomadas decisões sobre desbloqueio de ferrovias das regiões separadas de Donetsk e Lugansk, apontando que "o bloqueio econômico enfraquece a eficiência militar do nosso estado e tem consequências greves para as esferas econômica e social". Esse assunto é importante para a Ucrânia, pois Donetsk e Lugansk são as regiões ucranianas mais ricas em carvão.

Mais cedo, o ministro da Energia da Ucrânia, Igor Nasalik, explicou que, apesar do transporte de carvão dos territórios separados, Kiev possui somente duas opções. "Não podemos receber carvão da África do Sul, pois é vendido até abril. Então, temos duas opções: importar carvão ou gás das usinas de gás e petróleo da Rússia", disse.

Há também riscos ligados às usinas nucleares da Ucrânia. Segundo o especialista, caso a eletricidade seja cortada, será emitido amoníaco para o ar, que se transformará em nuvem. Assim aqueles que não conseguirem escapar, morrerão.




Dmitry Marunich alertou durante entrevista à Sputnik que se a Rússia não fornecer suprimentos de eletricidade ao país, "Ucrânia poderá enfrentar várias interrupções no funcionamento da eletricidade para que sejam evitados apagões totais".

De acordo com ele, se a Ucrânia não chegar a um acordo com a Rússia, as consequências serão gravíssimas para a economia ucraniana. A energia das casas será cortada, além de serviços hídricos e há grande possibilidade de explosão das fábricas nucleares pela falta de funcionamento das mesmas, disse Marunich.

Além disso, o especialista apontou que exista um risco para usinas nucleares da Ucrânia. "Usinas nucleares não podem funcionar sem fonte de energia externa, então existe uma possibilidade de serem interrompidas por um tempo. Cortes de energia podem provocar acidentes sérios, por isso bastante tempo será necessário para interrompê-las. Mas espero que não cheguemos a este ponto."

Falta de eletricidade provoca falta de aquecimento, Marunich destacou que "o objetivo principal é manter as casas aquecidas até o fim do inverno. Um déficit de eletricidade pode afetar aquecimento de edifícios, mas até que haja gás nas centrais eléctricas, gás que continua a circular pelos gasodutos, os riscos serão pequenos".



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