Inglaterra: comitê defende recrutamento de mães como espiãs

Atualmente, 37% dos mais de 12 mil funcionários das agências de espionagem são mulheres, em comparação com os 53% no total de servidores públicos.

Foto de arquivo de Hazel Blears. 03/06/2009

Foto: Kieran Doherty / Reuters

As agências de segurança britânicas deveriam recrutar mais mulheres e mães de meia-idade como espiãs e buscá-las em sites populares entre os pais, declarou um influente comitê parlamentar nesta quinta-feira.

O Comitê de Inteligência e Segurança, que supervisiona o trabalho das três agências de espionagem da Grã-Bretanha, disse ser crucial haver mais diversidade para os serviços de segurança serem capazes de lidar com as ameaças que o país enfrenta.

“Se todos os profissionais de inteligência forem farinha do mesmo saco, com formações e características semelhantes, é provável que compartilhem ‘preconceitos inconscientes’ que irão circunscrever tanto a definição dos problemas quanto a busca de soluções”, afirmou Hazel Blears, integrante do comitê.

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Atualmente, 37% dos mais de 12 mil funcionários das agências de espionagem são mulheres, em comparação com os 53% no total de servidores públicos.

Embora duas mulheres tenham comandado o MI5, a agência de espionagem interna, Blears disse que muitos ocupantes de cargos administrativos de médio escalão nos serviços de segurança tem “uma mentalidade e um ponto de vista masculinos muito tradicionais”.

O relatório afirmou que esses serviços deveriam visar grupos específicos de mulheres usando meios especificamente direcionados a elas, como o Mumsnet, site muito popular entre as mães.

“Mulheres ou mães de meia-idade ou em cargos intermediários têm uma experiência de vida valiosa e podem representar uma fonte de recrutamento inexplorada”, afirmou Blears.

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