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sábado, 10 de maio de 2014

A situação na Ucrânia é uma advertência para outros países da CEI


bandeiras, CEI

O que ocorre hoje na Ucrânia não passa de uma agressão direta dos EUA contra a Rússia e uma evidente advertência para os países seus vizinhos – considera o cientista político ucraniano Yuri Gorodnenko.


Existe o perigo de um golpe semelhante nos outros países da CEI. Washington usou habilmente a questão étnica na Ucrânia em seus objetivos. E o Euromaidan é apenas o começo.
A questão étnica sempre foi e continua sendo a mais aguda na política de qualquer Estado. As divergências entre a Ucrânia ocidental e oriental começaram ainda muito tempo antes dos acontecimentos no Maidan, mas, nos últimos meses, a situação agravou-se consideravelmente, diz o cientista político Alexei Makarkin.
“O fator étnico manifestou-se com a chegada dos revolucionários ao poder, os quais eram temidos no Leste por muitos motivos. Temiam que iriam impor a ucranização, e eles, subindo ao poder, revogaram de fato a lei dos idiomas regionais. Temiam que haveria aproximação ao Ocidente, o que no Leste do país não queriam”.
O Leste da Ucrânia sempre se manifestou por contatos mais estreitos com a Rússia – tanto políticos como econômicos. E o ingresso da Ucrânia na União Aduaneira foi encarado por eles como um passo no caminho da estabilidade e salvaguarda, diz Alexei Makarkin:
“A União Aduaneira é um símbolo para as forças do Leste, símbolo de que caminhamos com a Rússia e não para o Ocidente. Se, para os participantes do Maidan, o Ocidente é o guia, para o Leste da Ucrânia é um jogador agressivo, que impõe seus direitos e que bombardeou a Iugoslávia. Eles temem que a aproximação ao Ocidente e a assinatura de um acordo com a União Europeia os prejudique e destrua sua cultura. A Rússia, neste caso, inclusive no formato da União Aduaneira é considerada como defensora e salvadora”.
O Ocidente, enquanto isso, tem seus planos para a Ucrânia. Os conflitos entre nações e a guerra civil são consequências da política hábil de Washington, voltada em primeiro lugar contra a Rússia – está convicto o cientista político ucraniano Yuri Gorodnenko.
“Agora ocorre uma agressão direta dos EUA contra a Rússia. Tudo o que ocorre na Ucrânia é voltado não contra Kiev. A América quer afastar seu principal concorrente – a Rússia. Eles não podem atacar diretamente, já tentaram através da oposição, através da praça Bolotnaya, mas nada deu certo. Por isso, eles procuram desestabilizar a situação nos países vizinhos da Rússia. As fronteiras abertas e os problemas econômicos refletir-se-ão em primeiro lugar sobre a Rússia”.
Os EUA atuam com um método testado. Nas questões de instigação do ódio entre nações eles já tiveram êxito no Iraque, assinala o especialista. Por isso, não tiveram dificuldade em desencadear uma campanha anti-russa na Ucrânia. Sendo que, considera Gorodnenko, é pouco provável que os EUA se limitem à Ucrânia. Qualquer um dos países da CEI pode se tornar o próximo alvo. Por isso, as antigas repúblicas soviéticas devem participar ativamente na formação da União Euroasiática, diz Yuri Gorodnenko:
“Agora chegou a hora de cada um dos parceiros da CEI e a Geórgia pensarem em seu futuro, porque em qualquer caso o golpe será desfechado também contra eles. Os próximos na fila depois da Ucrânia serão eles. Se eles ficarem isolados, os EUA irão mesmo assim continuar a sua política agressiva. Eles só podem ganhar com a aproximação à Rússia”.
O perigo de desencadeamento de mais um conflito étnico pode aparecer em qualquer dos países do espaço pós-soviético. Se os países da CEI não quiserem a repetição do roteiro ucraniano, devem esquecer os conflitos nacionais e fortalecer a interação com a Rússia.

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