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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Papel de confronto virtual na guerra moderna está crescendo

Papel de confronto virtual na guerra moderna está crescendo

O conflito sírio, além do confronto armado entre tropas do governo e rebeldes, foi a primeira guerra de internet de pleno direito, com uma separação clara dos usuários da rede em vários campos, ataques de hackers contra recursos do inimigo, e publicação de vídeos de batalhas online. Qual é o papel de rede global nos conflitos armados do futuro?

O conflito armado na Síria pode ser, provavelmente, chamado de apresentação de uma nova geração de guerra. Nas ruas das cidades sírias aconteceram não apenas batalhas sangrentas entre tropas do governo e rebeldes. Uma batalha nunca antes vista se desenrolou também no espaço virtual. Na internet, um guerra defensiva foi lançada pelo Exército Eletrônico Sírio (EES). Seu surgimento foi uma surpresa para os muitos opositores do regime de Al-Assad, acredita o especialista em segurança cibernética Igor Nezhdanov:
“No conflito sírio, talvez pela primeira vez, se viu uma séria oposição a uma intervenção externa na internet. Contas de opositores de Bashar Al-Assad eram hackeadas para mostrar quem realmente os financia e o que eles realmente estão fazendo. Isso permitiu reduzir bastante a influência dos opositores sobre o público on-line e minimizar o efeito dessa influência.
O fato de que os “combatentes” do EES conseguiram influenciar a opinião pública mundial já é uma vitória significativa. Já durante a Primavera Árabe ataques de informação na rede mostraram a sua força destrutiva, mas hoje eles chegaram a um nível qualitativamente novo, acredita o especialista em inteligência competitiva Andrei Masalovich:
“A imagem que a mídia eletrônica está construindo, que é criada na internet – não só deturpa eventos reais. As guerras de informação já começavam como um tipo de confronto à parte. Hoje isso já são tipos bastante específicos e padronizados de operações de combate, que são em nada inferiores a operações militares de outros tipos. Este é um nível de confronto qualitativamente novo.”
Mas no futuro, os combates virtuais não serão limitados apenas a confrontos de informação. Como observou Igor Nezhdanov, exércitos cibernéticos irão lutar contra pessoas vivas:
“Atualmente, está a ser desenvolvida uma neurointerface para soldados que se monta no capacete e permite-lhes interagir no campo de batalha. Por conseguinte, num futuro próximo, esta nurointerface será desenvolvida a um tal nível que permitirá controlar o homem. E uma vez que em lados opostos do conflito aparecer este dispositivo, começara a influência sobre o operador do outro lado.”
Mas enquanto a “armadura eletrônica” do soldado do futuro não deixou os confins dos laboratórios de ensaio, no mundo continuam guerras de informação clássicas.

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