Foto: trud-ost.ru
Sonda submersível Klavesin-1P
Há bem pouco tempo, a mídia russa divulgou uma notícia sensacionalista: cientistas da Academia de Ciências do Extremo Oriente descobriram, nas águas árticas, um organismo desconhecido de enorme tamanho.
A sonda submersível Klavesin-1P, efetuando pesquisas no fundo do oceano a uma profundidade de 1,5 km, detectou estranhos sinais de movimento à sua volta. O aparelho podia ter descoberto um cardume de peixes, mas tal hipótese foi logo afastada. Dizem que o objeto não identificado era um organismo de dimensões impressionantes que, passados instantes, se lançou em ofensiva contra a sonda e começou a sacudí-la.
Após a emersão, no corpo da sonda foram visíveis algumas marcas resultantes dessa “batalha”. Que organismo podia ser esse e por que é que decidiu agredir a sonda? Para mais informações, a Voz da Rússia contactou o zoólogo Dmitri Isonkin:
“Costumo encarar com calma tais notícias. Na ausência de provas que possam ser avançadas após o incidente, podemos entrar em falatórios vazios sem sentido”.
Ora bem, onde estão as fotos do corpo danificado e as imagens de vídeo desse organismo marítimo não identificado? Os estragos podiam ter sido causados na sequência de uma colisão com objetos submarinos que se encontram nas profundezas. O cientista prossegue:
“Depois de divulgada a notícia sensacionalista sobre um monstro marítimo, muitas edições periódicas começaram a explorar esta temática. Mas, no momento, não está claro se o principal “culpado da festa”, ou seja, se o diretor do Instituto de Tecnologias Marítimas, Leonid Naumov, fez algumas declarações oficiais necessárias nesse caso.”
É uma pergunta ainda em aberto devido a certos detalhes. O primeiro a veicular a notícia foi a rede de noticias digital EVROSMI. Segundo a sua resolução, foi Leonid Naumov que informou sobre um incidente ocorrido à sonda Klavesin-1P. Depois, esta informação sensacionalista passou de boca em boca a várias agências notícias. Todavia, ninguém sabe dizer se essa história aconteceu na realidade ou o incidente citado com tanta frequência não de passa de um simples boato?
Curioso que múltiplas citações e alegações tornadas públicas têm provocado muita confusão e conclusões diametralmente opostas. Conforme algumas fontes, Naumov assumiu a responsabilidade por tais declarações, mas, segundo outras, desmentiu a notícia da sua própria autoria. Resta saber o que é que aconteceu na realidade?
Dmitri Isonkin afirma que o incidente devia deixar marcas do tecido do atacante ou de uma matéria rochosa que tivesse afetado a sonda, isto é, as marcas de origem não orgânica:
“Não se excluí a hipótese de termos descoberto uma nova espécie de organismos que habitam nas profundezas do Ártico. Isto é bem possível. Mas para tal precisamos de provas convincentes. Por isso, deve ser formado um grupo de peritos que possa estudar o fenômeno enigmático. Seria, pois, prematuro adiantar quaisquer declarações oficiais”.
Estamos, pois, perante uma incógnita por desvendar, razão pela qual continuamos a seguir com muita atenção o desenrolar dos acontecimentos.
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