A
Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) afirmou nesta
terça-feira que dois inseticidas neonicotinoides - o acetamipride e o
imidaclopride - podem ser neurotóxicos para os humanos e pediu uma
redução do teto atual de exposição recomendado.
Esta é a primeira vez que a EFSA estabelece uma relação
entre a família dos neonicotinoides - dos quais três foram proibidos na
UE por riscos para as abelhas - e um risco no "desenvolvimento do
sistema nervoso humano", afirma a EFSA.
Estes inseticidas "podem afetar de maneira desfavorável o
desenvolvimento dos neurônios e das estruturas cerebrais associadas a
funções como a aprendizagem e a memória", destaca um comunicado da
Autoridade.
A EFSA propõe que "alguns níveis recomendados de exposição aceitável sejam reduzidos", à espera de estudos complementares.
Em abril, a UE proibiu por dois anos o uso de uma série
de cultivos de três pesticidas desta família, incluindo o imidaclopride,
já que os produtos foram considerados responsáveis pelo desaparecimento
de abelhas.
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