terça-feira, 29 de outubro de 2013

Revelações sobre a espionagem americana são direcionadas

Publicado: 26 de outubro de 2013 às 9:32 - Atualizado às 21:02
     
    Mais uma vez não foi por acaso. Os vazamentos sobre o monitoramento dos telefones de líderes da França e Alemanha ocorreram exatamente na semana da reunião de cúpula da União Europeia em Bruxelas. A reação alemã, até o momento, foi mais contundente que a francesa. As denúncias de espionagem desta semana, entretanto, pairaram nos dois países que são os pilares fundadores união política e econômica do velho continente.
    A Alemanha já mobilizou-se e apresentará nas Nações Unidas, ao lado do Brasil, um documento sobre direito de privacidade que expande para a internet o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos. É um movimento estratégico acima de tudo. Uma reação de dois importantes países que sofreram denúncias de monitoramentos telefônicos realizados pelos Estados Unidos. Há um forte peso político nesta ação diplomática.
    As preocupações e pressões dos aliados parecem não terem chegado até Washington. Aqui, fala-se que os americanos fazem exatamente o que outras nações fazem, portanto, não há motivo para desconforto. O senador Marc Rubio, um dos republicanos mais proeminentes, uma das estrelas do partido, cogitado para concorrer a Presidência, declarou que “todos espionam todos”, como se isto fosse um atenuante. A imprensa, que também foi vigiada por Obama, tem justificado indiretamente as ações de monitoramento, dizendo que os celulares americanos também são monitorados na China e Europa.
    O debate tem tomado um rumo perigoso. Esperava-se um posicionamento mais contundente da imprensa quanto ao tema, especialmente logo depois de a mídia ter sofrido com as mesmas ações, como ficou provado no caso da Associated Press. A oposição, ao invés de se alinhar ao governo, deveria debater o assunto e repreender ações deste tipo, que não condizem com a sociedade livre e democrática que os Estados Unidos defendem como modelo.
    O fato é que em Washington o tema tem perdido importância e ressonância. A implementação do Obamacare e a chegada de Sarah Palin ao debate doméstico, na tentativa de derrotar políticos republicanos moderados nas eleições do próximo ano, são temas que agitam a cidade. O impacto da espionagem na política externa ainda não aportou por aqui.
    O Brasil, ao lado da Alemanha, se posicionou. Se a iniciativa prosperar nas Nações Unidas será uma primeira resposta. Certamente Angela Merkel, que ligou diretamente para Obama no intuito de cobrar explicações, prepara alguma reação também no âmbito europeu. As informações são de que 35 líderes mundiais foram monitorados por escutas da NSA. A lista vai aumentar, assim como a preocupação de Obama com a imagem que os americanos estão passando para o mundo. Os impactos diplomáticos em breve começarão a ser sentidos.
    Já passou da hora dos republicanos se posicionarem de modo firme contra estas ações, assim como a população americana entender como a imagem de seu país fica arranhada depois destas denúncias.
    FONTE:
    http://www.diariodopoder.com.br/artigos/revelacoes-sobre-a-espionagem-americana-sao-direcionadas/http://www.diariodopoder.com.br/artigos/revelacoes-sobre-a-espionagem-americana-sao-direcionadas/
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