A jornalista venezuelana Maibort Petit divulgou recentemente informações do oficial venezuelano Daniel Archer, que denunciam a criação de um estado paralelo em regiões da floresta amazônica venezuelana com a participação de organizações terroristas islâmicas e narcotraficantes. Uma “faixa de Gaza” prestes a explodir em plena América Latina.
Especialistas em direito internacional, como Pablo Garay, que também presta assessoria jurídica para as Nações Unidas, a atividade de radicais islâmicos com traficantes importa métodos de terrorismo de grupos como ETA e IRA, além do ISIS. Garay menciona a estreita ligação do governo da Venezuela com Jihadistas, já mencionada por veículos como o The New Your Times e a própria Revista Sociedade Militar do Brasil.
A exploração do comércio ilegal de minério compõem uma mistura explosiva, segundo Garay, que favorece a criação de uma nova região de conflito transnacional, trazendo consequências trágicas para todo o continente.
Daniel Archer, militar que desertou do Exército Venezuelano, relata a estranha relação entre oficiais de alta patente e membros do governo de Nicolás Maduro com radicais islâmicos de grupos como o Hezbollah, que operam comércio de minério no país. Revela a existência de grandes laboratórios de refino de cocaína que é enviada em aeronaves oficiais venezuelanas diretamente para Cuba. De lá, a droga é encaminhada para o México, por onde entra nos Estados Unidos.
Tudo isso acontece exatamente no Estado do Amazonas, da Venezuela, região conhecida por manter fronteira com Brasil e Colômbia.
Archer relata:
“É incrível, no Amazonas tem tudo. Você vai para o Yapacana Base, e se vira para o ambiente (na floresta), e vai ver uma cidade construída com tábuas de madeira cobertas com plástico preto e com cordas, tremendos edifícios de madeira onde estão os bordéis, venda de telefones, centros de comunicação com telefonia via satélite, internet. Há tudo o que você pode imaginar, venda de roupas, suprimentos, remédios, tudo é vendido lá…”
Essa situação não parece merecer a menor atenção dos grandes jornais da mídia internacional. Archer conta que cerca de 50% das crianças das tribos indígenas locais têm morrido de inanição nas regiões exploradas por mineradores islâmicos e hordas de garimpeiros brasileiros. Os indígenas deveriam receber recursos do governo, mas estes são desviados por militares corruptos. Os impactos ambientais causados pelo garimpo ilegal são incalculáveis, mas também raramente ou nunca são mencionados pela grande mídia mundial.
O ex-oficial cita locais isolados como Santa Bárbara del Orinoco, que sequer aparecem no google maps, comenta também sobre a facilidade com que balsas e equipamentos ilegais de mineração, como as perversas bombas de sucção, matracas e balsas, chegam pelo rio até os pontos de exploração de mineradoras ligadas a grupos estrangeiros.
Um oficial da Marinha do Brasil que trabalhou na região por muitos anos, disse ao site Sociedade Militar sobre a forte possibilidade do surgimento de uma nova área de conflito caso a situação não for administrada. O oficial, que não quis se identificar, enfatizou as peculiaridades de uma região que tem fronteiras tênues.
Teríamos uma “faixa de Gaza” na fronteira com o Brasil e a Venezuela?
Para o suboficial, o problema é grave, pois mesmo uma intervenção militar na região poderia ser desastrosa, já que não seria possível pela via militar desmantelar todo o gigantesco aparato militar-narco-criminal montado na região da fronteira com Brasil e Venezuela.
“Eles não são ingênuos, estão se preparando para isso, armazenando armas, suprimentos, tecnologia. Chavez e Maduro construíram a cúpula que hoje comanda as forças armadas, não tem como colocar as mãos em todo mundo e é quase inevitável que o país se dividiria no mínimo em dois”, disse o oficial brasileiro.
“Possivelmente veríamos surgir um novo narco estado em diuturna busca de retomar o controle do país. Isso custaria muitas vidas a longo prazo e teria potencial de crescer, agregar novas bandeiras de reivindicação e se espalhar por toda a região, atraindo para a amazônia toda gama de insatisfeitos, todo mundo que se acha revolucionário de esquerda: Tupamaros lá do Sul, gente da Colômbia, obviamente, militantes do MST do Brasil. Por lá já tem de tudo, desde gente do Hezbolah a guerrilheiros do ELN a traficantes de drogas de vários locais da América do Sul. seria o paraíso – ou inferno – da esquerda nos trópicos. E com o apoio dos cubanos, é lógico. ”, diz o oficial.
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