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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Parlamento Europeu reconhece Juan Guaidó como presidente da Venezuela

No passado dia 23 de janeiro, a assembleia da Venezuela nomeou Juan Guaidó como presidente interino.


De Bruxelas já tinha chegado um aviso: ou Nicolás Maduro aceitava eleições livres, ou a União Europeia mudaria a postura e passaria a reconhecer Juan Guaidó como novo líder do país.

Esta quinta-feira, o Parlamento Europeu reconheceu Juan Guaidó como presidente legítimo da Venezuela.

Numa resolução aprovada por 439 votos a favor, 104 contra e 88 abstenções, a assembleia europeia, reunida em Bruxelas, solicitou também à chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, e aos Estados-Membros que "adotem uma posição firme e comum e reconheçam Juan Guaidó como único Presidente interino legítimo do país até que seja possível convocar novas eleições presidenciais livres, transparentes e credíveis tendo em vista restabelecer a democracia".

Os eurodeputados reiteram o seu pleno apoio à Assembleia Nacional, "que é o único órgão democrático legítimo da Venezuela e cujos poderes devem ser restabelecidos e respeitados".

Recorde-se que o clima de tensão social, política e económica que a Venezuela tem vivido atingiu novo ponto já este mês.

No passado dia 23 de janeiro, a assembleia venezuelana reconheceu Guaidó como presidente interino do país.

Logo após a autoproclamação como líder interino, países como os Estados Unidos, o Canadá, o Brasil, e a Colômbia e outra nações sul-americanas apressaram-se a considerar Guaidó o presidente legítimo.

A posição europeia perante este novo episódio da crise venezuelana numa primeira fase passou por pressionar Maduro a aceitar eleições. Maduro, recorde-se, foi reeleito nas presidenciais venezuelanas de 2018 com uma larga maioria. As eleições, no entanto, não foram reconhecidas como legítimas por boa parte da comunidade internacional. Nos últimos dias, a Rússia, a China e a Turquia mantiveram apoio a Maduro.

Na quarta-feira, Nicolás Maduro disse ser a favor de eleições legislativas antecipadas para acabar com a crise política do país, mas recusou a hipótese de novo escrutínio presidencial.

Esta mudança de postura por parte de Estrasburgo surge numa altura em que os ministros dos negócios estrangeiros da União Europeia estão reunidos, entre hoje e sexta-feira, em Bucareste, na Roménia. A crise política na Venezuela estava no topo da agenda, precisamente após o ultimato europeu para eleições no país.

A posição do Governo de Portugal tem acompanhado a de outros países da UE, com a preocupação acrescida de haver uma larga comunidade lusodescendente na Venezuela.


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